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OUTRO LADO
Embaixada diz que relatórios são da "rotina"
DA REPORTAGEM LOCAL
A assessoria da Embaixada
dos Estados Unidos em Brasília
informou, na última sexta-feira, que os relatórios produzidos pelo consulado do Rio de
Janeiro a respeito do programa
nuclear brasileiro são parte do
"trabalho rotineiro de diplomatas no exterior".
Segundo a assessoria, a embaixada não pretende fazer comentários sobre "nenhum documento específico" liberado
pelo Departamento de Estado.
Para a embaixada, não deve
ser vista como surpresa a existências de tais relatórios. "Diplomatas tentam fazer análises
de acontecimentos e situações
nas áreas em que atuam", informou a assessoria.
De acordo com a embaixada,
a supressão de frases e parágrafos inteiros dos documentos
está prevista na própria lei
americana que autoriza a liberação dos documentos. Há
muitos motivos que sustentam
a censura, mas o principal deles
relaciona-se à segurança de
pessoas e empresas.
A assessoria da Eletronuclear, estatal que controla as
usinas nucleares no Brasil, enviou os seguintes comentários
sobre os relatórios: "Realmente
em 1994 estavam em discussão
as etapas para terminar a usina
Angra 2, conforme diz o relatório, e a usina foi concluída e entrou em operação em julho do
ano 2000. A usina hoje, juntamente com Angra 1, é capaz de
abastecer 50% do consumo do
Estado do Rio de Janeiro e durante o racionamento de energia de 2001 a produção da Central Nuclear Almirante Álvaro
Alberto supriu a queda nos reservatórios das usinas hidrelétricas e impediu que a região
Sudeste vivesse o temível apagão. Sem Angra 2 em operação,
certamente, teríamos o apagão.
Quanto à usina Angra 3, os estudos sobre o projeto não pararam e a Eletronuclear desconhece projeções de demanda
de energia elétrica onde a produção desta usina só será necessária depois de 2015, conforme diz o relatório".
Eletrobrás e Furnas, procuradas, não se manifestaram sobre
a hipótese de que havia, na década de 90, "fontes" dos EUA
nas estatais.
(RV)
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