São Paulo, terça-feira, 11 de abril de 2000


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Duas investigações envolvem brasileiro

do enviado especial a Miami

Existem hoje duas investigações oficiais nos EUA envolvendo o nome do empresário Oscar de Barros: para apurar seu envolvimento com a lavagem de dinheiro do narcotráfico (que corre em Miami) e com um eventual caso de corrupção da empresa MetroRed, do grupo Fidelity, na Prefeitura de São Paulo.
Esse último corre em Nova York. Ambas histórias se cruzam, já que os promotores dos dois casos têm mantido contato semanal, conforma apurou a Folha.
No entanto, uma série de coincidências liga essas duas histórias à confecção do dossiê Caribe, o conjunto de documentos não-autenticados que sugeriam a existência de contas em paraísos fiscais do presidente Fernando Henrique Cardoso e o resto da cúpula tucana.
A primeira coincidência é o envolvimento do ex-doleiro Jamil Degan, suspeito de ter oferecido o dossiê ao reverendo presbiteriano Caio Fábio, no mesmo processo de narcotráfico pelo qual Barros foi preso.
Em 1998, foi o reverendo Caio Fábio quem levou à União do Povo (chapa Lula-Brizola) e ao candidato do PPS à Presidência, Ciro Gomes, a proposta de divulgá-lo. Na época, ele disse ter recebido informações sobre o dossiê Caribe por parte de uma pessoa que o procurou para orientação espiritual e religiosa.

Entidade
Paulo Sérgio Rosa, consultor de marketing em Miami, integra uma entidade que congrega empresários evangélicos e é amigo de Caio Fábio e do ex-presidente Fernando Collor de Mello.
Rosa, também um dos suspeitos de ter fornecido o dossiê ao pastor Caio Fábio, está envolvido na investigação da MetroRed e do grupo Fidelity em Nova York.
O empresário não quis falar com a Folha. Fundador de uma igreja e de um jornal que não duraram mais de um ano, Rosa, como Barros, é amigo do ex-presidente Fernando Collor de Mello.
Ele mora num condomínio de luxo em Aventura, a 30 minutos de Miami. Procurado pela Folha, ele não quis se manifestar.


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