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Duas investigações
envolvem brasileiro
do enviado especial a Miami
Existem hoje duas investigações
oficiais nos EUA envolvendo o
nome do empresário Oscar de
Barros: para apurar seu envolvimento com a lavagem de dinheiro
do narcotráfico (que corre em
Miami) e com um eventual caso
de corrupção da empresa MetroRed, do grupo Fidelity, na Prefeitura de São Paulo.
Esse último corre em Nova
York. Ambas histórias se cruzam,
já que os promotores dos dois casos têm mantido contato semanal, conforma apurou a Folha.
No entanto, uma série de coincidências liga essas duas histórias
à confecção do dossiê Caribe, o
conjunto de documentos não-autenticados que sugeriam a existência de contas em paraísos fiscais do presidente Fernando Henrique Cardoso e o resto da cúpula
tucana.
A primeira coincidência é o envolvimento do ex-doleiro Jamil
Degan, suspeito de ter oferecido o
dossiê ao reverendo presbiteriano
Caio Fábio, no mesmo processo
de narcotráfico pelo qual Barros
foi preso.
Em 1998, foi o reverendo Caio
Fábio quem levou à União do Povo (chapa Lula-Brizola) e ao candidato do PPS à Presidência, Ciro
Gomes, a proposta de divulgá-lo.
Na época, ele disse ter recebido
informações sobre o dossiê Caribe por parte de uma pessoa que o
procurou para orientação espiritual e religiosa.
Entidade
Paulo Sérgio Rosa, consultor de
marketing em Miami, integra
uma entidade que congrega empresários evangélicos e é amigo de
Caio Fábio e do ex-presidente
Fernando Collor de Mello.
Rosa, também um dos suspeitos
de ter fornecido o dossiê ao pastor
Caio Fábio, está envolvido na investigação da MetroRed e do grupo Fidelity em Nova York.
O empresário não quis falar
com a Folha. Fundador de uma
igreja e de um jornal que não duraram mais de um ano, Rosa, como Barros, é amigo do ex-presidente Fernando Collor de Mello.
Ele mora num condomínio de
luxo em Aventura, a 30 minutos
de Miami. Procurado pela Folha,
ele não quis se manifestar.
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