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São Paulo, sexta-feira, 11 de abril de 2003

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OUTRO LADO

Decisão foi injusta, afirma ex-mulher de desembargador

DA REPORTAGEM LOCAL

"Foi uma decisão injusta", afirmou ontem a advogada Maria Cristina Aparecida de Souza Figueiredo Haddad, 55, separada há cerca de um ano e meio do desembargador Roberto Haddad.
Maria Cristina disse não ter envolvimento com a denúncia recebida ontem pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) sobre suposta falsificação de dados do Imposto de Renda. Afirmou ainda não conhecer Cláudio Maldonado Machado, funcionário da Receita Federal em São Paulo também investigado.
"É uma grande injustiça. Não falsifiquei nada, não roubei nada, não fiz nada de errado. O que vocês estão fazendo é uma injustiça", disse a advogada.
"Roberto [Haddad] é um homem público, mas eu e meus filhos não. Não sou milionária, sou do povo, pago todas as minhas contas com muito trabalho", afirmou Maria Cristina.
Roberto Haddad, afastado ontem pelo STJ, foi procurado seis vezes ontem pela Folha, mas não foi localizado. A reportagem ligou para seu celular e para os telefones fixos de sua casa e de seu gabinete no Tribunal Regional Federal da 3ª Região em São Paulo.
Na primeira vez que a reportagem tentou o celular, o desembargador atendeu e se identificou. Ao ser informado de que conversava com uma jornalista, desligou.
No gabinete, às 17h, funcionários informaram que ele havia saído e não retornaria. A Folha apurou que Haddad acompanhou o julgamento do STJ longe do prédio da Justiça em São Paulo. As notícias chegavam a ele por meio de telefonemas de assessores.
O TRF informou, por meio de sua assessoria, que o órgão não iria se pronunciar. Disse apenas que a decisão precisa ser cumprida, não discutida.


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