São Paulo, domingo, 11 de abril de 2004

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QUESTÃO MILITAR

Cardoso mostrou contracheque da FAB

Aeronáutica diz que manifestante em ato por militares não é sargento

DA REDAÇÃO

O Comando da Aeronáutica informou que Jorge Luiz Cardoso dos Santos, 34, que em manifestação de familiares de militares no domingo passado se auto-intitulou sargento, não possui nenhum vínculo com a instituição.
Em nota assinada pelo brigadeiro-do-ar Antonio Guilherme Telles Ribeiro, o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica esclarece, porém, que Cardoso "prestou serviço militar obrigatório na FAB [Força Aérea Brasileira]" entre 1º de fevereiro de 1989 e 31 de janeiro do ano seguinte.
O "sargento" Cardoso, na manifestação, chegou a mostrar um contracheque, no valor de R$ 1.140, e gritar: "Sou sargento da Aeronáutica". O contracheque seria da FAB.
O ato no domingo ocorreu na praça dos Três Poderes, em Brasília, durante a cerimônia da troca de bandeira. Cerca de 700 parentes e amigos de militares compareceram ao que, segundo a Polícia Militar, foi a primeira manifestação durante essa solenidade.
A maior parte dos manifestantes era formada por mulheres de militares, principalmente cabos, praças e sargentos.
De acordo com as regras das Forças Armadas, militares da ativa não podem comparecer a protestos nem fazer greve, pois contraria leis e regulamentos da carreira, além da própria Constituição -o capítulo que trata das Forças Armadas (artigo 142, parágrafo 3º, inciso IV) determina que "ao militar são proibidas a sindicalização e a greve".
A categoria pede reajuste linear emergencial de 30% pelas perdas com inflação entre 2001 e 2004. O último reajuste ocorreu em 2000.


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