São Paulo, terça-feira, 11 de abril de 2006

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Oposição impede ida de ministro ao Congresso

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A oposição barrou ontem a tentativa do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, de ir nesta semana ao Congresso se defender das acusações de que ajudou a elaborar a versão do ex-ministro Antonio Palocci no caso da violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa.
Acuado pela revelação de que se reuniu com Palocci uma semana depois da violação do sigilo, Thomaz Bastos pretendia falar aos senadores o mais rápido possível para esvaziar a crise. A oposição -sobretudo o PFL- não aceitou, pois teme que o depoimento às vésperas do feriado não tenha tanta repercussão e pretende desgastar o governo por mais tempo. Diante disso, o ministro articulava a possibilidade de dar uma entrevista coletiva hoje ou amanhã.
No início da manhã, os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), receberam ofício em que Thomaz solicitava ser ouvido nesta semana. Renan disse que os líderes não chegaram a um acordo: "Ele virá com certeza na próxima semana".
"Semana Santa o Congresso fica esvaziado. Até nosso coração fica mais mole", disse José Jorge (PFL-PE), líder da oposição no Senado. "Queremos ouvir antes a palavra de Jorge Mattoso [ex-presidente da CEF]", disse o líder do PFL, José Agripino (RN). "Thomaz Bastos só poderá vir à CPI depois que o Mattoso for ouvido", reforçou o senador Efraim Morais (PFL-PB).


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