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Oposição impede ida de ministro ao Congresso
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A oposição barrou ontem a tentativa do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, de ir nesta semana ao Congresso se defender
das acusações de que ajudou a
elaborar a versão do ex-ministro
Antonio Palocci no caso da violação do sigilo bancário do caseiro
Francenildo dos Santos Costa.
Acuado pela revelação de que se
reuniu com Palocci uma semana
depois da violação do sigilo, Thomaz Bastos pretendia falar aos senadores o mais rápido possível
para esvaziar a crise. A oposição
-sobretudo o PFL- não aceitou, pois teme que o depoimento
às vésperas do feriado não tenha
tanta repercussão e pretende desgastar o governo por mais tempo.
Diante disso, o ministro articulava a possibilidade de dar uma entrevista coletiva hoje ou amanhã.
No início da manhã, os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), receberam ofício em que Thomaz solicitava ser ouvido nesta semana. Renan disse que os líderes não chegaram a um acordo: "Ele virá com
certeza na próxima semana".
"Semana Santa o Congresso fica
esvaziado. Até nosso coração fica
mais mole", disse José Jorge (PFL-PE), líder da oposição no Senado.
"Queremos ouvir antes a palavra
de Jorge Mattoso [ex-presidente
da CEF]", disse o líder do PFL, José Agripino (RN). "Thomaz Bastos só poderá vir à CPI depois que
o Mattoso for ouvido", reforçou o
senador Efraim Morais (PFL-PB).
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