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Crise aérea não afeta avaliação positiva de Lula, diz CNT/Sensus
População culpa o governo federal pelo apagão aéreo, mas continua avaliando bem a gestão petista e o presidente
Para 36,9%, governo é o maior responsável pela crise nos aeroportos; no entanto, 49,5% dos entrevistados aprovam a atual gestão
FÁBIO ZANINI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A população culpa o governo
federal pelo apagão aéreo, mas
nem isso é suficiente para comprometer a imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Sua avaliação pessoal e a do governo mantêm-se altas, segundo pesquisa da CNT (Confederação Nacional do Transporte)
e do Instituto Sensus.
O governo tem avaliação positiva de 49,5% dos entrevistados, o terceiro melhor índice
desde a posse de Lula, em 2003.
Só 14,6% reprovam o governo.
No último levantamento da
CNT/Sensus, em agosto passado, 43,6% aprovavam o governo e 15,6% o rejeitavam. As oscilações ocorreram dentro da
margem de erro, de três pontos
percentuais. A pesquisa foi feita de 2 a 6 de abril com 2.000
pessoas, após a greve dos controladores de vôo do dia 30.
O desempenho pessoal de
Lula também cresceu dentro
da margem de erro. Agora, são
63,7% dos entrevistados que o
aprovam, contra 59,3% em
agosto de 2006. O presidente
recebe a desaprovação de
28,2% da população.
Ao mesmo tempo, 36,9% da
população debita a responsabilidade maior pela crise aérea no
governo federal. Eles se dividem em 21,2% culpando genericamente o governo, 8,1% responsabilizando especificamente a Aeronáutica e 7,6% apontando o dedo para a Infraero.
Os controladores de vôo são
culpados para 12,4%.
Paradoxalmente, apesar da
boa avaliação de Lula, a percepção é de que os principais problemas do país se agravaram
nos últimos seis meses. A situação do emprego piorou para
35,5%, enquanto a saúde se deteriorou para 46,1%.
"A população avalia que os
problemas são graves, mas que
o presidente Lula está se empenhando em combatê-los", diz
Ricardo Guedes, diretor do
Sensus. "O fato de a economia
estar num bom momento ajuda
muito na avaliação do presidente", afirma Guedes.
Violência
Entre os problemas, nada se
compara à segurança pública.
Para 90,9% dos brasileiros a
violência aumentou nos últimos anos. O resultado provavelmente refletiu o impacto de
crimes dramáticos como a
morte do menino João Hélio.
Para 24,1%, a pobreza é a
principal causa da violência no
país. Outros 19,1% atribuem a
onda de criminalidade a falhas
na Justiça, e 15%, a leis brandas, o que serve de estímulo para os que defendem o endurecimento do Código Penal.
Nesse aspecto, 81,5% querem
a redução da maioridade penal
para 16 anos de idade. Já a pena
de morte, segundo a pesquisa,
divide o país: 49% se dizem favoráveis e 46% contra, situação
de empate técnico.
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