São Paulo, sexta-feira, 11 de abril de 2008

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Cabral elogia Serra após PMDB cortejar Aécio

Governador de SP mudou agenda para receber colega do Rio; mineiro defende aliança ampla após 2010

FERNANDO BARROS DE MELLO
DA REDAÇÃO

LETÍCIA SANDER
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Um dia após o mineiro Aécio Neves ter sido cortejado pela cúpula do PMDB, José Serra recebeu em São Paulo elogios do peemedebista Sérgio Cabral, governador do Rio. Já o governador de Minas Gerais defendia em Brasília a entrada do PMDB e do PRB na aliança costurada pelo PSDB e PT à Prefeitura de Belo Horizonte.
Pré-candidatos à sucessão presidencial de 2010, os governadores de São Paulo e Minas articulam pontes com o PMDB. Aécio já recebeu até convites para se filiar à sigla.
Ontem, Serra alterou sua agenda para visitar o Museu da Língua Portuguesa com Cabral. "Fiquei muito honrado com essa mudança de agenda do governador Serra, mais uma demonstração de deferência, carinho e afeto com a minha pessoa e o povo do Rio de Janeiro", disse Cabral. "Sou um aluno do Serra há muitos anos, desde o início da minha carreira política", complementou.
O peemedebista disse que "tem muito a aprender" com a administração de São Paulo. "Venho sempre conhecer as experiências administrativas que o Serra tem implementado."
Questionado sobre uma parceria política entre os dois, Cabral disse que ela "sempre existiu". "Como governadores, estamos tendo oportunidade de discutir uma série de temas de interesse do Brasil juntos."
Em Brasília, Aécio aproveitou a interinidade de José Alencar na Presidência, por conta da viagem do presidente Lula à Holanda, para propor a inclusão de PRB e PMDB na aliança na capital mineira, tentando evitar um mal-estar com os dois partidos, hoje na base aliada do petista. PT e PSDB tentam acordo em torno do nome de Márcio Lacerda (PSB).
Aécio falou em uma "construção extremamente ampla". "Tenho absoluto convencimento que é o que quer a população de Belo Horizonte. Por isso é preciso desprendimento." Minas, disse, pode servir de modelo. Ele defendeu a aliança de PT, PSDB e PMDB após 2010. "Gostaria que isso fosse já no processo eleitoral. Se não for possível, que seja depois."


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