São Paulo, quarta-feira, 11 de maio de 2005

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RUMO A 2006

PMDB fará na TV críticas ao governo Lula

CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Depois da reeleição de Michel Temer (SP) para a presidência do partido, o PMDB promete contrariar mais uma vez o Palácio do Planalto. No dia 19, o programa do partido levará ao ar críticas à política econômica do governo.
Em sua participação, o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, defenderá o lançamento de candidatura própria à Presidência da República nas eleições do ano que vem.
"Falarei da importância de um candidato para o projeto nacional do PMDB", diz ele, que também exibirá medidas para atração de investimentos.
Já o governador do Paraná, Roberto Requião, mostrará a experiência do Estado na redução de impostos para geração de emprego. "É a contramão da política econômica do governo. E o resultado foi a criação de 100 mil novas empresas e 900 mil novos empregos em dois anos e meio."
O ex-governador Orestes Quércia (SP) terá uma participação de 45 segundos. Nela, defenderá "a necessidade de crescimento econômico do país". A tônica do programa é mostrar que o PMDB quer o desenvolvimento.
Na segunda-feira, o ex-governador Anthony Garotinho (RJ) esteve em São Paulo para gravar sua participação. Em reuniões com Temer e Quércia, fez críticas ao governo. Disposto a concorrer, Garotinho deverá enfrentar Requião nas prévias.
"Se o PMDB tiver uma prévia para discutir um programa de governo, vou participar", disse ele, afirmando que "todo partido tem uma perspectiva de poder" e que gostaria de mudanças na política econômica para a manutenção da aliança com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Para o programa, Requião cobra espaço "equitativo" para os líderes do partido. "Falei um minuto no programa, mas soube que Garotinho falará mais. Sei lá."
Além do programa, os governadores do partido se reúnem hoje com a bancada federal para cobrar a conclusão da reforma tributária, com os novos critérios de compensação dos Estados pelas perdas provocadas pela desoneração do ICMS nas Exportações, o Seguro Receita e a criação do Fundo de Desenvolvimento Regional. "Até agora, não vimos movimento do governo. Vamos pedir que a bancada pressione", antecipou Germano Rigotto.


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