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RUMO A 2006
PMDB fará na TV críticas ao governo Lula
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois da reeleição de Michel
Temer (SP) para a presidência do
partido, o PMDB promete contrariar mais uma vez o Palácio do
Planalto. No dia 19, o programa
do partido levará ao ar críticas à
política econômica do governo.
Em sua participação, o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, defenderá o lançamento de candidatura própria à
Presidência da República nas eleições do ano que vem.
"Falarei da importância de um
candidato para o projeto nacional
do PMDB", diz ele, que também
exibirá medidas para atração de
investimentos.
Já o governador do Paraná, Roberto Requião, mostrará a experiência do Estado na redução de
impostos para geração de emprego. "É a contramão da política
econômica do governo. E o resultado foi a criação de 100 mil novas
empresas e 900 mil novos empregos em dois anos e meio."
O ex-governador Orestes Quércia (SP) terá uma participação de
45 segundos. Nela, defenderá "a
necessidade de crescimento econômico do país". A tônica do programa é mostrar que o PMDB
quer o desenvolvimento.
Na segunda-feira, o ex-governador Anthony Garotinho (RJ) esteve em São Paulo para gravar sua
participação. Em reuniões com
Temer e Quércia, fez críticas ao
governo. Disposto a concorrer,
Garotinho deverá enfrentar Requião nas prévias.
"Se o PMDB tiver uma prévia
para discutir um programa de governo, vou participar", disse ele,
afirmando que "todo partido tem
uma perspectiva de poder" e que
gostaria de mudanças na política
econômica para a manutenção da
aliança com o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva.
Para o programa, Requião cobra espaço "equitativo" para os líderes do partido. "Falei um minuto no programa, mas soube que
Garotinho falará mais. Sei lá."
Além do programa, os governadores do partido se reúnem hoje
com a bancada federal para cobrar a conclusão da reforma tributária, com os novos critérios de
compensação dos Estados pelas
perdas provocadas pela desoneração do ICMS nas Exportações, o
Seguro Receita e a criação do Fundo de Desenvolvimento Regional.
"Até agora, não vimos movimento do governo. Vamos pedir que a
bancada pressione", antecipou
Germano Rigotto.
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