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América Latina foi o tema do segundo debate
DA REPORTAGEM LOCAL
A segunda mesa do Fórum Folha de Jornalismo, mediada por
Eliane Cantanhêde, colunista do
jornal, teve como tema "Poder e
Jornalismo na América Latina".
Alvaro Vargas Llosa, escritor e
ensaísta peruano que dirige o
Centro para a Prosperidade Global, de Washington, concentrou
sua exposição no que qualificou
como "ausência de um Estado de
Direito pleno na América Latina".
Segundo ele, há ainda espaço na
região para perseguições políticas
ou privadas contra jornalistas por
meio de vários instrumentos, como as "leis contra difamação",
que acabam convertendo supostos excessos em delitos penais.
Vargas Llosa também contabilizou 300 jornalistas latino-americanos mortos nos últimos 18
anos, sendo que em 95% dos casos não houve punições.
O argentino Andres Oppenheimer, editor de América Latina e
colunista internacional do jornal
"Miami Herald", afirmou que a
região atravessa uma nova onda
de "prepotência" dos governos
contra a mídia. Para ele, os jornalistas também são culpados pelo
fenômeno "por perda de valentia
e iniciativa" e pelo fato de o jornalismo na região estar sendo cada
vez mais pautado por "um denuncismo sem conseqüências".
Já o venezuelano Boris Munõz,
editor-chefe da revista "Nueva
Sociedad", fez uma extensa exposição sobre o que chamou de
"campo de batalha" entre o governo e a mídia em seu país.
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