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Perda de leitores nos EUA é tema de encerramento
DA REPORTAGEM LOCAL
Os jornais americanos perderam 2,5% em circulação nos últimos seis meses. A contínua perda
de leitores se deve tanto à concorrência da internet como à previsibilidade do noticiário e à escolha
de assuntos que escapam ao universo de referências do leitor.
Foi esse o ponto central da apresentação do jornalista Andrés Oppenheimer, colunista e editor de
América Latina do jornal "Miami
Herald", no debate de encerramento da 26ª Conferência Anual
da ONO (Organização de Ombudsmans de Notícias, da sigla
em inglês), ontem, em São Paulo.
A conferência foi realizada com
o apoio da Folha e de seu ombudsman, Marcelo Beraba.
Antes do último debate, a ONO
reelegeu para sua presidência Ian
Mayes, desde 1997 ombudsman
do jornal britânico "The Guardian". A nova diretoria é integrada por ombudsmans dos EUA,
Suécia, Reino Unido, Holanda,
Brasil, África do Sul e Canadá. Os
participantes também definiram
que a próxima conferência, em
2007, será em Boston (EUA). Para
os encontros anuais seguintes foram indicadas Estocolmo (2008),
Washington (2009) e Cidade do
Cabo, na África do Sul (2010).
Oppenheimer, em sua palestra,
notou que nos Estados Unidos os
jovens praticamente não lêem
mais jornais. Para se informar,
acessam web sites noticiosos.
Quanto ao noticiário internacional, também disse que os jornais americanos mantêm equipes
de correspondentes na Europa e
Ásia. Mas que, para a cobertura
da América Latina, em geral têm
um único profissional, mesmo assim baseado em Miami.
"As redes de TV suprimiram
suas equipes permanentes em
países latino-americanos e passaram a cobrir furacões e celebridades", para acompanhar a preferência de seus telespectadores.
"Os americanos farão qualquer
coisa em favor da América Latina,
exceto ler a respeito dela", disse o
palestrante, citando conhecida
frase de James Reston, colunista já
morto do "New York Times".
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