|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Procuradora é sócia de Dirceu em escritório
DA REPORTAGEM LOCAL
As irregularidades e impropriedades apontadas
pela CGU em 2005 e 2006
ocorreram na gestão da
procuradora-geral da Unifesp, a advogada Lilian Ribeiro, ainda no cargo.
Hoje sócia do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu no escritório de advocacia Ribeiro e Barros, localizado a 300 metros da
reitoria da Unifesp, ela foi
nomeada em 30 de setembro 2003, por uma portaria da Casa Civil e da Presidência. Na ocasião, Dirceu
era o ministro.
A indicação de Lilian Ribeiro não seguiu o padrão
usual. Segundo a AGU
(Advocacia Geral da
União), "preferencialmente" os cargos de procurador-geral das universidades devem ser ocupados
por funcionários de carreira do órgão. "Porém, se
houver justificativa para
tanto, essa preferência pode ser relevada e pode ser
nomeado outro bacharel
em direito." É o caso de Lilian Ribeiro, que não é
funcionária de carreira.
No papel de procuradora-geral, ela é a responsável pela análise interna de
convênios e propostas da
universidade, além de
prestar consultoria e assessoramento jurídico à
instituição e dirigentes. "A
Procuradoria é um órgão
consultivo; não pode tomar decisões", diz Lilian.
A procuradora-geral
afirma ser amiga de Dirceu desde a "época de movimento estudantil".
"Quando o ex-ministro
teve o problema [refere-se
às denúncias sobre o mensalão], como ele tinha sido
meu sócio em 1998, eu o
convidei. Ele é meu amigo
há mais de 30 anos; criamos filhos juntos."
Texto Anterior: CGU lista 94 irregularidades na Unifesp, que omite gastos Próximo Texto: Outro lado: "Por que não procuram a federal do Piauí?" Índice
|