São Paulo, quarta-feira, 11 de junho de 2008

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Procuradora é sócia de Dirceu em escritório

DA REPORTAGEM LOCAL

As irregularidades e impropriedades apontadas pela CGU em 2005 e 2006 ocorreram na gestão da procuradora-geral da Unifesp, a advogada Lilian Ribeiro, ainda no cargo.
Hoje sócia do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu no escritório de advocacia Ribeiro e Barros, localizado a 300 metros da reitoria da Unifesp, ela foi nomeada em 30 de setembro 2003, por uma portaria da Casa Civil e da Presidência. Na ocasião, Dirceu era o ministro.
A indicação de Lilian Ribeiro não seguiu o padrão usual. Segundo a AGU (Advocacia Geral da União), "preferencialmente" os cargos de procurador-geral das universidades devem ser ocupados por funcionários de carreira do órgão. "Porém, se houver justificativa para tanto, essa preferência pode ser relevada e pode ser nomeado outro bacharel em direito." É o caso de Lilian Ribeiro, que não é funcionária de carreira.
No papel de procuradora-geral, ela é a responsável pela análise interna de convênios e propostas da universidade, além de prestar consultoria e assessoramento jurídico à instituição e dirigentes. "A Procuradoria é um órgão consultivo; não pode tomar decisões", diz Lilian.
A procuradora-geral afirma ser amiga de Dirceu desde a "época de movimento estudantil".
"Quando o ex-ministro teve o problema [refere-se às denúncias sobre o mensalão], como ele tinha sido meu sócio em 1998, eu o convidei. Ele é meu amigo há mais de 30 anos; criamos filhos juntos."


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