São Paulo, quinta-feira, 11 de julho de 2002

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RUMO ÀS ELEIÇÕES

Candidato afirma que banco tem "fila de velhinhos sofrendo"

Garotinho critica Ciro e diz que "banqueiro é raça ruim"

LÚCIA KARAM
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA EM PORTO ALEGRE

O candidato Anthony Garotinho (PSB) criticou ontem banqueiros e seus adversários na disputa à Presidência -principalmente Ciro Gomes (PPS)-, durante visita a Passo Fundo (RS).
"Só quem tem dinheiro neste país são os banqueiros, e banqueiro é uma raça tão ruim que, além de ganhar dinheiro, presta mal serviço à população. Você vai a banco e vê uma fila de velhinhos sofrendo", disse, em entrevista à rádio Planalto, de Passo Fundo.
Na entrevista, Garotinho -que desde o início da campanha faz críticas a banqueiros- disse que a vitória dos outros candidatos privilegiaria os bancos.

Ciro
Garotinho defendeu a redução das taxas de juros para enfrentar a dívida interna e aproveitou para fazer uma crítica a Ciro, que defende o alongamento da dívida. "O Ciro vai fazer o que o Collor fez. Eu não vou tocar na caderneta de poupança de ninguém."
José Serra (PSDB) também foi criticado. Para Garotinho, se vencer, Serra dará continuidade à atual política econômica.
Segundo pesquisa Datafolha divulgada no último domingo, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 38% das intenções de voto; Ciro, 18%; Serra, 17%; e Garotinho, 13%.
Na anterior, de junho, Ciro tinha 11% e Garotinho, 16%.
O candidato do PSB espera o crescimento do partido para contar com apoio no Congresso em seu eventual governo.
Ontem, em Passo Fundo (300 km de Porto Alegre), ele inaugurou um comitê de campanha. Estava acompanhado do presidente estadual do PSB, Beto Albuquerque, candidato à reeleição para deputado federal, do candidato ao governo do Estado pelo partido, Caleb de Oliveira, e do candidato ao Senado Marcos Cittolin.
Os outros comitês no Estado estão em Porto Alegre, Pelotas e Caxias do Sul. Em reunião com empresários na Associação Comercial da cidade, Garotinho discutiu seu plano de governo.
Na entrevista, ele também prometeu estabelecer uma guerra ao narcotráfico, com policiamento nas fronteiras para impedir entrada de armas e drogas. Ele voltou a culpar a governadora do Rio, Benedita da Silva (PT), pelo agravamento na violência no Estado.



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