São Paulo, quinta-feira, 11 de julho de 2002

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Serra vê calote em proposta de Ciro

DA SUCURSAL DO RIO

O candidato José Serra chamou de "calote" a proposta do rival Ciro Gomes (PPS) de alongamento da dívida interna, ao deixar ontem à noite a TV Globo, depois da entrevista ao "Jornal Nacional".
"Acho que o problema do Brasil não é a dívida pública, mas a dúvida pública em relação a essas questões, exatamente pela inquietação que se gera", afirmou. "Para mim, essa dúvida econômica não existe. A gente leva a questão da dívida com competência e aí ela é perfeitamente administrável."
Serra disse que não vê necessidade de renegociar a dívida, que passou de R$ 153 bilhões em 1995, ou cerca de 30% do PIB, para R$ 684,6 bilhões em abril deste ano, ou 54,5% do PIB. "Se quiser fazer alongamento forçado, isso é calote. Se não é forçado, não precisa nem falar, basta estabilidade para trazer condições, após as eleições, que ela se alonga naturalmente."
O tucano disse que, em 1999, na crise que levou à desvalorização do real, a dívida "girava todos os dias" e depois o prazo de pagamento foi alongado "sem traumas, de maneira natural, pelo mercado".
Depois da entrevista, ele foi à casa de sua assessora de imprensa, Andréa Gouvêa Vieira, na Gávea (zona sul), onde estava acontecendo um encontro entre sua candidata a vice, a deputada federal Rita Camata (PMDB/ES), e mulheres do Rio. Estavam no encontro, entre outras, as atrizes Tônia Carrero e Xuxa Lopes, a artista plástica Marília Kranz, a socióloga Aspásia Camargo, a executiva Maria Sílvia Bastos Marques e líderes comunitárias da favela da Rocinha.


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