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Serra vê calote em proposta de Ciro
DA SUCURSAL DO RIO
O candidato José Serra chamou
de "calote" a proposta do rival Ciro Gomes (PPS) de alongamento
da dívida interna, ao deixar ontem à noite a TV Globo, depois da
entrevista ao "Jornal Nacional".
"Acho que o problema do Brasil
não é a dívida pública, mas a dúvida pública em relação a essas
questões, exatamente pela inquietação que se gera", afirmou. "Para
mim, essa dúvida econômica não
existe. A gente leva a questão da
dívida com competência e aí ela é
perfeitamente administrável."
Serra disse que não vê necessidade de renegociar a dívida, que
passou de R$ 153 bilhões em 1995,
ou cerca de 30% do PIB, para R$
684,6 bilhões em abril deste ano,
ou 54,5% do PIB. "Se quiser fazer
alongamento forçado, isso é calote. Se não é forçado, não precisa
nem falar, basta estabilidade para
trazer condições, após as eleições,
que ela se alonga naturalmente."
O tucano disse que, em 1999, na
crise que levou à desvalorização
do real, a dívida "girava todos os
dias" e depois o prazo de pagamento foi alongado "sem traumas, de maneira natural, pelo
mercado".
Depois da entrevista, ele foi à casa de sua assessora de imprensa,
Andréa Gouvêa Vieira, na Gávea
(zona sul), onde estava acontecendo um encontro entre sua
candidata a vice, a deputada federal Rita Camata (PMDB/ES), e
mulheres do Rio. Estavam no encontro, entre outras, as atrizes Tônia Carrero e Xuxa Lopes, a artista
plástica Marília Kranz, a socióloga Aspásia Camargo, a executiva
Maria Sílvia Bastos Marques e líderes comunitárias da favela da
Rocinha.
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