DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Interrompendo a trajetória de praticamente um ano de queda, a avaliação positiva do governo de Luiz Inácio Lula da Silva "surpreendeu" os responsáveis pela pesquisa CNT/Sensus e subiu 8,8 pontos entre as sondagens de junho e agosto, chegando a 38,2%.
A queda consecutiva de popularidade foi iniciada em agosto do ano passado, quando a avaliação positiva era de 48,3%, e a negativa, de 10,3%. Em junho, o governo teve seu pior desempenho -29,4% dos entrevistados o avaliaram positivamente, e 24,1%, negativamente. Para especialistas, índices abaixo de 30% de avaliação positiva acendem o ""sinal amarelo" da impopularidade crônica.
A pesquisa é patrocinada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) e realizada pelo Instituto Sensus. "O número surpreendeu. Apesar de ainda não ser um número seguro para o governo, o aumento da avaliação positiva é significativo", afirmou Clésio Andrade, presidente da CNT. Andrade é vice-governador de Minas e está filiado ao PL, partido do vice-presidente, José Alencar. Uma situação "segura", segundo ele, é uma avaliação positiva acima de 55%.
Para Ricardo Guedes, diretor do Sensus, o crescimento da popularidade ainda não é sustentável e está baseado nos números de crescimento do emprego e da retomada da atividade econômica.
A aprovação ao desempenho pessoal do presidente oscilou de 54,1% para 58,1%. Embora haja aumento da aprovação, Lula não tem sido bom cabo eleitoral para os candidatos a prefeito. De maio a agosto, subiu de 22,2% para 35,9% os entrevistados que não votariam num candidato apoiado por Lula. Já entre os que votariam, oscila de 7,7% para 10,1%.
A pesquisa ouviu 2.000 pessoas, de 24 Estados e 195 municípios sorteados, entre 3 e 5 de agosto. Para um índice de confiança de 95%, a margem de erro é de até três pontos percentuais, para mais ou para menos.


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