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O QUE DIZ O PRESIDENTE
Tucano nega conflito oposição-governo
"PT barra apuração
que chega a amigos"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente da CPI do Banestado, Antero Paes de Barros
(PSDB-MT), negou a existência de conflito político entre a
base aliada e o governo no âmbito da comissão e disse que a
razão dos atritos entre os grupos seria a tentativa do PT de
barrar a investigação sempre
que surgem dados relacionados a figuras do governo ou a
"amigos". "É uma injustiça da
imprensa dizer que há conflito
político. Existe um partido, o
PT, que barra as investigações
quando chegam a elementos
do governo ou a seus amigos."
A prova de que a oposição
não faria manobras para barrar
a apuração seria, conforme
Barros, o fato de todos os requerimentos apresentados pelo relator, deputado José Mentor (PT-SP), que conduz a linha
de investigação da CPI, terem
sido aprovados.
"Nós aprovamos todos os requerimentos apresentados pelo Mentor, inclusive alguns
descabidos. Por lealdade aos
fatos, a imprensa deveria focar
o objeto desses requerimentos.
Foram feitos com a confiança
de que seria possível, de posse
dessas informações, fazer uma
CPI para investigar só o que
eles quisessem. Isso não é possível. Uma CPI tem que buscar
a verdade real."
É uma referência de Barros a
uma série de requerimentos
apresentados por Mentor nos
quais, conforme a Folha noticiou ontem, há vários pedidos
coletivos de quebras de sigilos
bancários, fiscais e telefônicos.
A prática é contrária à orientação da assessoria jurídica da
comissão, que alertou, em nota
técnica, para a necessidade de
fundamentar na lei, no fato
concreto e individualmente os
pedidos de quebra de sigilo.
Ainda segundo Barros, a CPI
precisa redefinir o foco da investigação -""foco, aliás, que
nunca teve".
(ANDRÉA MICHAEL)
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