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Para crescer nos
Estados, PMDB
cogita candidato
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Ao contrário das últimas eleições presidenciais, quando dirigentes do PMDB diziam preferir
uma candidatura própria como
forma de se cacifar politicamente,
o partido fala sério agora quando
pensa em apresentar um postulante ao Palácio do Planalto.
Na avaliação das alas governista
e oposicionista, um candidato ao
Palácio do Planalto com a queda
da chamada verticalização possibilitará ao partido ter um desempenho eleitoral que lhe permita
eleger mais governadores.
O PMDB avalia que terá candidaturas competitivas em 16 das 27
unidades da Federação. Hoje, tem
sete governadores. Crê que sairá
maior das urnas em 2006 se souber se posicionar. As bancadas de
22 senadores e 85 deputados federais também continuariam fortes.
A queda verticalização, regra
que força os partidos a repetir nos
Estados a aliança nacional, permitiria uma maior liberdade de
acordos políticos favoráveis ao
PMDB. O partido poderia ter um
candidato próprio e ver seções
suas apoiando o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva ou um oposicionista como José Serra.
No PSDB, Serra busca manter
entendimento com o PMDB em
detrimento do PFL. O prefeito sabe que é difícil levar a legenda a
apoiá-lo, mas tem feito articulações para se aproximar do presidente do STF, Nelson Jobim, vice
dos sonhos do tucano e de Lula.
Outro presidenciável tucano, o
governador Geraldo Alckmin
(SP) tem melhor interlocução
com o PFL e conta com a possibilidade de uma aliança se crescer
nas pesquisas.
O tucano que joga com um cenário de caos político para eventualmente ser candidato é o ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso. Ele aspira ter o apoio do
PFL e do PMDB, mas sabe que esse cenário dependerá do desfecho
da crise política. Por ora, Lula tem
se mantido se fora das investigações das acusações de corrupção
em sua gestão.
(KA)
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