São Paulo, terça-feira, 11 de setembro de 2007

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Polícia vai ouvir pessoas citadas pelo advogado que acusa políticos do PMDB

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Polícia Federal vai começar a ouvir nesta semana as pessoas citadas pelo advogado Bruno de Miranda Lins nos depoimentos sobre um suposto esquema de desvio e lavagem de dinheiro público que seria operado por seu ex-sogro, Luiz Carlos Garcia Coelho, para políticos do PMDB, entre os quais os senadores Renan Calheiros (AL) e Romero Jucá (RR) e o deputado Carlos Bezerra (MT).
A PF quer ouvir funcionários e executivos do banco BMG. De acordo com Miranda, os políticos do PMDB teriam atuado para beneficiar a instituição na concessão de crédito consignado. Ele chegou a dizer que, a mando do ex-sogro, sacou mais de R$ 3 milhões no banco e que levou pessoalmente R$ 150 mil a Bezerra.
A PF pretende ouvir o suposto motorista que serviria ao vice-presidente do BMG Márcio Araújo. A assessoria do BMG diz que ele não tem motorista.
A investigação da PF sobre o caso teve início num depoimento que Miranda prestou à Polícia Civil do Distrito Federal em setembro do ano passado. Na ocasião, Miranda afirmou que seu ex-sogro era "homem de confiança" de Renan e que os dois se associaram para desviar dinheiro de um empreendimento que seria financiado pelo fundo de pensão Postalis (dos Correios).
A Funasa divulgou nota ontem rebatendo denúncia da revista "Época", com base em entrevista concedida por Miranda Lins, de que haveria um esquema de desvio de dinheiro na fundação integrado por membros da família Garcia Coelho.
A Funasa informou que Paulo Roberto de Albuquerque Garcia Coelho, sobrinho de Luiz Carlos, não pertence ao quadro funcional da fundação desde 2 de abril de 2007. Segundo a revista, Renan indicou o ex-deputado Paulo Lustosa para o comando da Funasa e outras cinco pessoas ligadas à família Garcia Coelho trabalhariam na fundação por meio da Brasfort, empresa que terceiriza mão-de-obra.
Carlos Bezerra divulgou nota, dizendo que entrará com ação criminal contra Miranda.


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