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Polícia vai ouvir pessoas citadas pelo advogado que acusa políticos do PMDB
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Polícia Federal vai começar a ouvir nesta semana as
pessoas citadas pelo advogado
Bruno de Miranda Lins nos depoimentos sobre um suposto
esquema de desvio e lavagem
de dinheiro público que seria
operado por seu ex-sogro, Luiz
Carlos Garcia Coelho, para políticos do PMDB, entre os quais
os senadores Renan Calheiros
(AL) e Romero Jucá (RR) e o
deputado Carlos Bezerra (MT).
A PF quer ouvir funcionários
e executivos do banco BMG. De
acordo com Miranda, os políticos do PMDB teriam atuado
para beneficiar a instituição na
concessão de crédito consignado. Ele chegou a dizer que, a
mando do ex-sogro, sacou mais
de R$ 3 milhões no banco e que
levou pessoalmente R$ 150 mil
a Bezerra.
A PF pretende ouvir o suposto motorista que serviria ao vice-presidente do BMG Márcio
Araújo. A assessoria do BMG
diz que ele não tem motorista.
A investigação da PF sobre o
caso teve início num depoimento que Miranda prestou à
Polícia Civil do Distrito Federal
em setembro do ano passado.
Na ocasião, Miranda afirmou
que seu ex-sogro era "homem
de confiança" de Renan e que
os dois se associaram para desviar dinheiro de um empreendimento que seria financiado
pelo fundo de pensão Postalis
(dos Correios).
A Funasa divulgou nota ontem rebatendo denúncia da revista "Época", com base em entrevista concedida por Miranda Lins, de que haveria um esquema de desvio de dinheiro na
fundação integrado por membros da família Garcia Coelho.
A Funasa informou que Paulo Roberto de Albuquerque
Garcia Coelho, sobrinho de
Luiz Carlos, não pertence ao
quadro funcional da fundação
desde 2 de abril de 2007. Segundo a revista, Renan indicou
o ex-deputado Paulo Lustosa
para o comando da Funasa e
outras cinco pessoas ligadas à
família Garcia Coelho trabalhariam na fundação por meio da
Brasfort, empresa que terceiriza mão-de-obra.
Carlos Bezerra divulgou nota, dizendo que entrará com
ação criminal contra Miranda.
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