São Paulo, quinta-feira, 11 de setembro de 2008

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Falta "estrabismo cívico" a Lula, diz Serra

Para tucano, presidente precisa ter um olho no presente e outro no futuro, contendo os gastos públicos

Domingos Tadeu/PR
Lula, em inauguração de unidade da Universidade Federal do Amazonas, em Coari, quando elogiou Dilma e fez menções a 2010

DIMITRI DO VALLE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

Ao participar de jantar de arrecadação de fundos para a campanha à reeleição de Beto Richa (PSDB) à Prefeitura de Curitiba, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), disse anteontem que falta "estrabismo cívico" ao governo Lula para administrar com mais eficiência a máquina pública.
Para Serra, o conceito de "estrabismo cívico" significa que o governo "precisa ter um olho no presente e outro no futuro".
Segundo ele, o governo Lula "só olha o que entra [na arrecadação]" e não se preocupa em conter os gastos públicos, suspender a ocupação de cargos políticos nos ministérios e aproveitar o bom momento econômico para crescer mais.
Para o tucano, "o Brasil foi menos bem que o mundo inteiro" na expansão de seu PIB (Produto Interno Bruto).
O governador afirmou que o resultado é conseqüência da falta de contenção dos gastos na administração federal. Presente ao evento, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), também tratou do tema afirmando não ver "eficiência" do governo na prestação de serviços à população.
Em discurso, Aécio abordou a sucessão presidencial de 2010 afirmando que o PSDB deve usar eventuais vitórias em municípios, como a de Richa em Curitiba, para mostrar como exemplo na futura campanha. Richa lidera a disputa com 71% das intenções de voto, contra 19% de todos os adversários, segundo o Datafolha.
Já em entrevista, ele defendeu que oposição e governo definam temas comuns para ajudar o país a concluir reformas pendentes, como a política, e deu como exemplo a aliança entre tucanos e petistas em Belo Horizonte. "Seria utópico pensar em aliança PT-PSDB, mas essa candidatura [de Marcio Lacerda, do PSB, a prefeito da capital mineira] mostra que bons projetos devem ficar acima de questões partidárias."


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