DA REPORTAGEM LOCAL

Diretor de operações do Departamento de Inteligência Estratégica da Abin, o oficial de inteligência Thelio Braun D'Azevedo disse à Folha que não sabe por que está sendo investigado pela Polícia Federal. Na semana passada, agentes apreenderam em sua casa dois microcomputadores e um laptop, todos de "uso pessoal", segundo ele.
"Um era de uso da minha mulher, outro da minha filha, além de um laptop de trabalho da minha mulher, que é médica", afirma. Braun diz que depôs como testemunha na investigação da Corregedoria da PF que apura o vazamento de informações da Operação Satiagraha.
"Faço parte do órgão que cedeu pessoas para trabalhar na Satiagraha. Indiquei pessoas para trabalho externo, mas não sabia para o que era", diz.
Braun enviou carta ao juiz Ali Mazloum, da 7ª Vara Federal, pedindo rapidez na perícia e na devolução dos equipamentos apreendidos.
"Não tive acesso à investigação. Preciso saber o que há contra mim. Por enquanto, afirmo que sou totalmente inocente."
O funcionário da Abin reclama que a ação da Polícia Federal lhe causou constrangimento perante a família dele. (CDS)


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