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OUTRO LADO
Publicitário afirma que presentes "são prática comum no mercado"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A assessoria de comunicação
do publicitário Marcos Valério
Fernandes de Souza informou
que os presentes dados a funcionários públicos e executivos de
empresas privadas, anotados na
contabilidade oficial das empresas SMPB Comunicação e DNA
Propaganda, "são uma prática comum no mercado".
Segundo a assessoria, é "natural" as empresas presentearem
servidores de órgãos públicos
com os quais mantém contratos.
A assessoria de comunicação do
governador Joaquim Roriz
(PMDB-DF) informou que não
há "nenhum impedimento legal"
para que o governador e os secretários receberem presentes.
O ministro Agnelo Queiroz (PC
do B-DF) informou, por meio de
sua assessoria, que "nunca recebeu" nenhum presente da SMPB.
A assessoria informou que se "algo foi comprado para ser dado a
ele", o que explicaria o registro
contábil, "nunca chegou", assim
como no gabinete ministerial.
Lars Grael, secretário estadual
de Esportes de São Paulo, também negou ter recebido o presente. "É um valor muito baixo para
se considerar uma propina. Resta
saber que tipo de presente foi
doado e a quem", disse Grael.
O deputado Virgílio Guimarães
(PT-MG) disse "não se lembrar"
de alguma vez ter recebido algum
presente das empresas de Valério.
A assessoria de comunicação do
governo de Minas Gerais, procurada na noite de sexta-feira, informou que buscaria informações
sobre presentes que, segundo a
contabilidade de Marcos Valério,
foram endereçados a Andréa Neves, irmã do governador Aécio
Neves (PSDB-MG), e a Danilo de
Castro, secretário de Estado de
Governo. Não houve resposta até
a conclusão desta edição.
A Folha não localizou, na noite
da última sexta-feira, o ex-ministro das Comunicações Pimenta
da Veiga (PSDB-MG) para comentar o presente que teria recebido nem a assessoria do Banco
Rural a respeito dos presentes
anotados para Kátia Rabello, presidente da instituição.
(RV e MS)
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