São Paulo, domingo, 11 de dezembro de 2005

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OUTRO LADO

Publicitário afirma que presentes "são prática comum no mercado"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A assessoria de comunicação do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza informou que os presentes dados a funcionários públicos e executivos de empresas privadas, anotados na contabilidade oficial das empresas SMPB Comunicação e DNA Propaganda, "são uma prática comum no mercado".
Segundo a assessoria, é "natural" as empresas presentearem servidores de órgãos públicos com os quais mantém contratos.
A assessoria de comunicação do governador Joaquim Roriz (PMDB-DF) informou que não há "nenhum impedimento legal" para que o governador e os secretários receberem presentes.
O ministro Agnelo Queiroz (PC do B-DF) informou, por meio de sua assessoria, que "nunca recebeu" nenhum presente da SMPB. A assessoria informou que se "algo foi comprado para ser dado a ele", o que explicaria o registro contábil, "nunca chegou", assim como no gabinete ministerial.
Lars Grael, secretário estadual de Esportes de São Paulo, também negou ter recebido o presente. "É um valor muito baixo para se considerar uma propina. Resta saber que tipo de presente foi doado e a quem", disse Grael.
O deputado Virgílio Guimarães (PT-MG) disse "não se lembrar" de alguma vez ter recebido algum presente das empresas de Valério.
A assessoria de comunicação do governo de Minas Gerais, procurada na noite de sexta-feira, informou que buscaria informações sobre presentes que, segundo a contabilidade de Marcos Valério, foram endereçados a Andréa Neves, irmã do governador Aécio Neves (PSDB-MG), e a Danilo de Castro, secretário de Estado de Governo. Não houve resposta até a conclusão desta edição.
A Folha não localizou, na noite da última sexta-feira, o ex-ministro das Comunicações Pimenta da Veiga (PSDB-MG) para comentar o presente que teria recebido nem a assessoria do Banco Rural a respeito dos presentes anotados para Kátia Rabello, presidente da instituição. (RV e MS)


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