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MST promete
"infernizar" a
vida do governo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Enquanto a gestão petista sinaliza que pela primeira vez cumprirá a meta anual de assentamentos,
o MST desdenha o número de beneficiados e promete "infernizar"
a vida do governo em 2006, quando o presidente Lula deve disputar mais quatro anos de mandato.
"Com certeza nós vamos infernizar a vida do governo no ano
que vem. Queremos que o governo assente todas as nossas famílias acampadas [cerca de 120
mil]", diz João Paulo Rodrigues,
da coordenação nacional do MST.
Segundo ele, a questão eleitoral
não preocupa o movimento: "Se
ele cumprir a meta e assentar os
acampados não haverá motivo
para atrapalharmos o presidente
Lula. Agora, se não cumprir, ele
[Lula] será sempre prejudicado
com mobilizações dos sem-terra.
O MST não vai parar suas mobilizações para não prejudicar o Lula.
Essa é a moeda de troca".
A meta do governo até dezembro é assentar 115 mil famílias. Em
23 de novembro, o número de famílias beneficiadas estava em 72,3
mil, restando cerca de 43 mil num
prazo de 40 dias. "Estamos otimistas para cumprir a meta de 115
mil até o final do ano", disse Rolf
Hackbart, presidente do Incra.
Já o MST, ao ver famílias de outros movimentos serem beneficiadas, ataca a política de metas e
exige que seus acampados sejam
assentados. "Fazem a reforma
agrária na Amazônia, sendo que
os acampados estão nas outras regiões do país", disse Rodrigues.
Em 2005, no máximo 15 mil famílias do MST serão atendidas.
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