São Paulo, quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

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Índios de terno e gravata assistem ao julgamento ao lado de índios sem camisa

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

De terno e gravata, um grupo de oito índios da Raposa/Serra do Sol, contrário à demarcação contínua, assistiu ao julgamento no plenário do STF, sob a ameaça de despejo no hotel onde estão hospedados desde sábado, em Brasília. "A dívida com hospedagem já chega a R$ 5.000 e falaram que, se não pagarmos, não vamos entrar mais no hotel", disse o líder macuxi Sílvio da Silva.
O grupo contrastava com outros 20 índios que assistiram ao julgamento de cocar, pintados e sem camisa.
Os índios de termo são membros da Sodiur (Sociedade de Defesa dos Indígenas Unidos do Norte de Roraima), entidade liderada por Silva, contrária à demarcação contínua da reserva e ligada à igreja evangélica.
Já os índios sem camisa integram o CIR (Conselho Indígena de Roraima), que é vinculado à Igreja Católica e que defende a expulsão de fazendeiros da reserva.
Silva pediu ajuda ao senador Mozarildo Cavalcanti (PTB) e disse que a Funai não apoiou o grupo em Brasília. A Funai afirmou que pagou as diárias aos índios do CIR, mas que não foi procurada pelo grupo Sodiur.


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