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QUESTÃO AGRÁRIA
MST acusa usina de violência; empresa nega
Sem-terra bloqueiam rodovia na região metropolitana de Recife
da Agência Folha, em Recife
Cerca de 500 lavradores ligados ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) bloquearam por cerca de quatro horas a rodovia BR-232, em Moreno, município da região metropolitana de Recife (PE).
A manifestação provocou um congestionamento de cinco quilômetros em cada pista, segundo a Polícia Rodoviária. Pedras, troncos e pneus queimados impediam a passagem dos veículos. A PM foi acionada, mas não houve confronto.
Segundo o MST, o bloqueio ocorreu em protesto contra o despejo, anteontem, de 95 famílias de sem-terra que estavam acampadas nos engenhos Covas e Araújo, na zona rural de Moreno.
O MST afirma que os lavradores foram retirados das áreas por "pistoleiros" da usina Bulhões, dona dos engenhos invadidos.
Segundo o movimento dos sem-terra, 40 barracos foram queimados na ação.
"Eles atiraram nas vasilhas, colocaram uma arma no meu ouvido e disseram que iam me matar", disse Genivaldo Gomes da Silva, coordenador dos acampamentos.
A direção da usina nega. Afirma que não possui "pistoleiros" e que os estragos foram feitos pelos próprios agricultores em busca dos "holofotes da mídia".
Na delegacia da Polícia Civil de Moreno, o administrador de um dos engenhos, José Francisco de Oliveira Filho, registrou queixa contra os sem-terra, acusando-os de roubo e ameaça. O MST nega.
Devido ao risco de confronto, o superintendente do Incra no Estado, Roosevelt Gonçalves, disse que os engenhos Bulhões terão prioridade nas vistorias este ano.
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