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Deputados dizem que reduzir recesso é difícil
DA REDAÇÃO
Na primeira quinzena de dezembro de 2003, comissão instituída na Câmara debateu a redução do período de recesso parlamentar e aprovou relatório com
nova proposta para o tema. De
acordo com o texto do deputado
Isaías Silvestre (PSB-MG), o recesso seria reduzido para 45 dias
ao ano e os deputados receberiam
apenas um salário em vez do pagamento e mais dois extras.
No entanto, mesmo com o texto
disponível para ser colocado em
votação no plenário, alguns parlamentares consideram difícil a
aprovação do projeto. "Só vai ser
aprovada se houver pressão da
sociedade e da imprensa", afirma
o deputado Orlando Desconsi
(PT-RS), que presidiu a comissão
especial e diz que nos bastidores
há resistência dos parlamentares.
O deputado Walter Pinheiro
(PT-BA) também acha difícil que
o projeto seja aceito. No entanto,
diz que o presidente da Casa, João
Paulo Cunha (PT-SP), precisa tomar uma atitude. "Acho que o
João Paulo poderia tomar atitude
e colocar a votação da proposta na
pauta. Não tem de esperar acordo
de líderes. Ele tem poderes para
isso." João Paulo foi procurado
para comentar as declarações,
mas não foi encontrado.
O texto do relatório aprovado
diz que a redução do recesso parlamentar é "uma necessidade inadiável". Também lista motivos
para a mudança: diz que haverá
"economia dos gastos", que o recesso como está é um "privilégio
que hoje não mais se justifica" e
que tem contribuído "para o desgaste da imagem do parlamento
junto à opinião pública".
Outro parlamentar que possui
proposta de modificação do trabalho do Congresso é o senador
Pedro Simon (PMDB-RS). Ele defende que, a cada mês, as Casas
Legislativas definam a pauta a ser
votada no mês seguinte. "Os parlamentares trabalhariam de segunda a segunda até terminarem
a pauta definida. Se terminarem
em 20 dias, passam 20 dias nos
seus Estados. Se terminarem em
30, não iriam para os Estados",
explica. Segundo ele, isso daria
maior agilidade aos trabalhos, o
que evitaria um número excessivo de convocações.
(VA)
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