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Igreja propõe debate sobre causas do crime
DA REPORTAGEM LOCAL
A Campanha da Fraternidade de 2009 vai chamar a atenção para a necessidade de cobrar dos
governantes políticas públicas de prevenção no
campo da segurança.
Para a CNBB, os debates
sobre as medidas para promover a segurança devem
situar-se na análise e discussão dos fatores objetivos que favorecem a violência e a criminalidade e
evitar polarizações ideológicas, como aquelas representadas nas ideias de que
"o problema do crime é a
falta de repressão", ou de
que "o criminoso é uma vítima da sociedade".
Segundo o frei Carlos
Josaphat, assessor da
CNBB, a campanha vai incentivar medidas que desestimulem a entrada no
mundo do crime, como a
promoção da formação
educacional. "É preciso
mobilizar a opinião pública para exigir uma maior
incrementação da qualidade e investimentos na
educação", disse.
Para dom Dimas Lara
Barbosa, secretário-geral
da CNBB, muitas vezes a
sociedade preocupa-se
apenas com os efeitos da
falta de segurança. "Quanto mais prisões construirmos, mais armas fornecermos aos policiais, mais tivermos caveirões, tropas
de elite etc., estaremos
agindo na repressão, uma
face importante, mas que
fica nos sintomas. É mais
importante se debruçar
sobre as causas da falta de
segurança", afirmou.
A CNBB também usará
a campanha para divulgar
o trabalho das defensorias
públicas, que dão assistência jurídica a pessoas de
baixa renda, ouvidorias e
corregedorias de polícia.
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