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JUDICIÁRIO
Ministro do STJ quer avocatória
Naves sugere volta de medida de ciclo militar
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do STJ (Superior
Tribunal de Justiça), Nilson Naves, defendeu ontem o sigilo dos
processos contra juízes, criticou o
controle externo e pregou a volta
da avocatória, instrumento criado no regime militar (1964-1985)
para concentrar o poder de decisão na cúpula do Judiciário.
Naves disse que o Conselho Nacional de Justiça, a ser criado, deve ser composto exclusivamente
por magistrados e afirmou que o
órgão deverá respeitar o segredo
de Justiça hoje assegurado aos
processos disciplinares que tramitam em cada tribunal, porque
essa é "uma garantia" do juiz.
"O controle externo fere o princípio constitucional da independência entre os Poderes", afirmou. "A simples constituição [do
conselho] já seria uma espada na
cabeça de todos os magistrados."
Em relação à avocatória, extinta
pela Constituição de 1988, Naves
considera que ela reduziria o volume de processos: "Se eu pudesse, criaria esse instituto. Ele surgiu
em um momento complicado da
história do país. Por conta disso,
causa uma certa repugnância".
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