São Paulo, sábado, 12 de fevereiro de 2005

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VÔO CEGO

Mau tempo, segundo o Planalto, fez piloto aterrissar preventivamente em fazenda entre as cidades de Surubim e Caruaru

Helicóptero de Lula faz pouso forçado em PE

Ricardo Stuckert/ABr
Presidente Lula cumprimenta crianças que se aproximaram do local onde o helicóptero que o levava teve de fazer pouso forçado


DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O helicóptero utilizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um pouso forçado ontem, no trajeto entre Surubim e Caruaru, em Pernambuco. Por causa do mau tempo, o piloto decidiu interromper a viagem e aterrissar em uma fazenda a 32 quilômetros de distância de Caruaru.
O "pouso preventivo", como foi chamado pelo Planalto, foi necessário porque o piloto ficou com a visibilidade comprometida. O helicóptero tem condições de operar por instrumentos, mas a decisão do piloto foi preventiva.
Lula saiu de Surubim em um helicóptero Super Puma VH-34 com os ministros Tarso Genro (Educação) e Eduardo Campos (Ciência e Tecnologia) e o vice-governador de Pernambuco, Mendonça Filho. O helicóptero pode levar até nove pessoas. Outros dois assessores viajavam com o presidente.
Um segundo helicóptero do mesmo modelo trazia os ministros Ciro Gomes (Integração Nacional), Jaques Wagner (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social) e Humberto Costa (Saúde) e também pousou.
Lula havia deixado Surubim havia apenas dez minutos. O tempo de vôo estimado entre as duas cidades é de 20 minutos. Em Surubim, Lula inaugurou a terceira etapa do projeto de abastecimento do Jucazinho.
Segundo assessores, a decisão de interromper a viagem foi tomada em conjunto com o presidente. O procedimento é chamado preventivo porque evita que o helicóptero presidencial enfrente uma situação de risco. Não chegou a ser chamado de um pouso de emergência porque não ocorreu falha mecânica.

Atração turística
A chegada de Lula agitou a fazenda Catolé, de propriedade de Agamenon Gomes da Silva Júnior, onde o pouso foi realizado.
Nos cerca de 50 minutos que ficou no local, o presidente cumprimentou crianças, distribuiu lanches e deu autógrafos. Virou um evento turístico a chegada de Lula ao local.
"O presidente conversou com os meninos que estavam no local, perguntou se estavam estudando. Todo mundo parou para ver", disse à Folha o ministro Eduardo Campos, pouco depois de ocorrer o incidente.
Depois, Lula pegou "carona" em um carro de sua comitiva que vinha de Surubim, onde o presidente havia iniciado o trecho de helicóptero.
Em janeiro, na viagem que fez para Veranópolis (RS), o mesmo helicóptero apresentou um problema técnico e não levantou vôo. Na ocasião, o presidente teve que usar um helicóptero reserva.


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