São Paulo, domingo, 12 de fevereiro de 2006

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LEITURA DE CABECEIRA

Lançamento oficial de "Geraldo Alckmin, o Menino, o Homem e o Político" será no dia 22

Livro faz biografia romanceada de Alckmin

CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

"Geraldo e Maria Lúcia dançavam, o chão era de estrelas e naquele salão tinham a impressão de que existiam só os dois, embalados pela doce melodia de Ray Conniff". Extraído das páginas de "Geraldo Alckmin, o Menino, o Homem e o Político", o texto registra a corte do governador de São Paulo à primeira-dama, Maria Lúcia Alckmin. O encontro, que ocorreu em um baile do Clube Literário de Pindamonhangaba, é descrito como um conto de fadas.
A dança é a consumação do flerte entre "a mais bela da festa" e Geraldo, que, por ser presidente da Câmara "e dotado de várias qualidades, era bastante cobiçado pelas moças da cidade", mas seu "espírito frugal, alheio às vaidades, impedia-o de valer-se de sua condição para obter vantagem". E por aí vai.
Submetida a Alckmin há cerca de um mês, a biografia romanceada será oficialmente lançada em Pindamonhangaba no dia 22. Em São Paulo, o lançamento será em 15 de março. Anteontem, o livro foi lançado em Salvador. O preço médio é de R$ 25.
Segundo o autor, o presidente da Câmara de Ferraz de Vasconcelos, Acir dos Santos Filló (PDT), Alckmin manteve "certa distância" durante a pesquisa, que, iniciada em 1999, consumiu quatro anos. Filló diz que Alckmin resistiu à idéia porque "pensa que não é hora de lançar a biografia por ser jovem".
Além da família Alckmin, Filló contou com a ajuda da primeira-dama. O governador, no entanto, corrigiu datas e dados após receber a cópia do texto.
Com um rico álbum de família -incluindo as fotos do casamento do governador, em 1979-, o livro tenta reconstituir, em 320 páginas, a história de Alckmin. Os capítulos dedicados ao trabalho do governador levam títulos como "Novos tempos" e "O realizador".
Filló diz que, numa primeira edição, produziu mil exemplares, a um custo de R$ 12 mil, dos quais teria obtido R$ 4 mil do Grupo Votorantim. A assessoria do grupo informou, no entanto, que a contribuição para o livro ainda é objeto de análise.
O lançamento em ano eleitoral não é mera coincidência. Filló admite que viu na disputa pela presidência sua oportunidade: "Preciso ser sincero. Poderia lançar ano que vem. Poderia lançar no ano passado. Mas qual escritor não faria isso?".


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