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LEITURA DE CABECEIRA
Lançamento oficial de "Geraldo Alckmin, o Menino, o Homem e o Político" será no dia 22
Livro faz biografia romanceada de Alckmin
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
"Geraldo e Maria Lúcia dançavam, o chão era de estrelas e naquele salão tinham a impressão
de que existiam só os dois, embalados pela doce melodia de
Ray Conniff". Extraído das páginas de "Geraldo Alckmin, o Menino, o Homem e o Político", o
texto registra a corte do governador de São Paulo à primeira-dama, Maria Lúcia Alckmin. O
encontro, que ocorreu em um
baile do Clube Literário de Pindamonhangaba, é descrito como um conto de fadas.
A dança é a consumação do
flerte entre "a mais bela da festa"
e Geraldo, que, por ser presidente da Câmara "e dotado de várias
qualidades, era bastante cobiçado pelas moças da cidade", mas
seu "espírito frugal, alheio às vaidades, impedia-o de valer-se de
sua condição para obter vantagem". E por aí vai.
Submetida a Alckmin há cerca
de um mês, a biografia romanceada será oficialmente lançada
em Pindamonhangaba no dia
22. Em São Paulo, o lançamento
será em 15 de março. Anteontem, o livro foi lançado em Salvador. O preço médio é de R$ 25.
Segundo o autor, o presidente
da Câmara de Ferraz de Vasconcelos, Acir dos Santos Filló
(PDT), Alckmin manteve "certa
distância" durante a pesquisa,
que, iniciada em 1999, consumiu
quatro anos. Filló diz que Alckmin resistiu à idéia porque "pensa que não é hora de lançar a biografia por ser jovem".
Além da família Alckmin, Filló
contou com a ajuda da primeira-dama. O governador, no entanto, corrigiu datas e dados após
receber a cópia do texto.
Com um rico álbum de família
-incluindo as fotos do casamento do governador, em
1979-, o livro tenta reconstituir, em 320 páginas, a história
de Alckmin. Os capítulos dedicados ao trabalho do governador levam títulos como "Novos
tempos" e "O realizador".
Filló diz que, numa primeira
edição, produziu mil exemplares, a um custo de R$ 12 mil, dos
quais teria obtido R$ 4 mil do
Grupo Votorantim. A assessoria
do grupo informou, no entanto,
que a contribuição para o livro
ainda é objeto de análise.
O lançamento em ano eleitoral
não é mera coincidência. Filló
admite que viu na disputa pela
presidência sua oportunidade:
"Preciso ser sincero. Poderia
lançar ano que vem. Poderia lançar no ano passado. Mas qual escritor não faria isso?".
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