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Promotora de eventos
é acusada de extorsão
DA REDAÇÃO
A promotora de festas Jeany
Mary Corner teria procurado assessores do ministro Antonio Palocci (Fazenda) e pedido dinheiro
para não denunciar atos de corrupção, segundo reportagem publicada ontem pela revista "Veja".
Jeany Mary Corner foi apontada
como suposta agenciadora de "recepcionistas" para festas em Brasília -algumas das quais teriam
ocorrido em uma casa alugada
por ex-assessores do ministro.
De acordo com a revista, garotas agenciadas por ela seriam responsáveis por distribuir um pagamento de R$ 50 mil a políticos na
capital federal. Ao menos oito deputados teriam recebido a quantia. As garotas rodavam Brasília
de carro, promovendo a entrega
do dinheiro. Em 2003, essa operação teria ocorrido cinco vezes.
A reportagem afirma ainda que
o operador deste "mensalão" seria o advogado Rogério Buratti,
ex-assessor de Palocci na Prefeitura de Ribeirão Preto. Buratti nega a acusação.
Sempre de acordo com a revista,
interlocutores da promotora teriam procurado Ademirson Silva,
assessor especial de Palocci, e Juscelino Dourado, ex-chefe-de-gabinete do ministro, pedindo dinheiro para não falar o que sabia.
A reportagem afirma que Jeany
chegou a receber R$ 50 mil para
silenciar sobre o suposto esquema. Não se sabe quem teria entregue o dinheiro. Uma das versões
apresentadas é que o pagamento
teria sido efetuado por Feres Sabino, ex-secretário de Negócios Jurídicos da Prefeitura de Ribeirão
Preto. Ele nega a informação.
Familiares da promotora de
eventos disseram ontem que ela
estava descansando no litoral do
Ceará e não iria comentar a reportagem publicada, mas negaram as
informações publicadas. Até o fechamento desta edição, a Folha
não havia localizado Jeany.
No ano passado, Jeany ficou conhecida por organizar festas supostamente bancadas pelo publicitário Marcos Valério de Souza,
para políticos em Brasília. Ela
sempre negou, com firmeza, que
agenciasse garotas de programa.
Parlamentares chegaram a cogitar convocá-la para a CPI, mas a
idéia foi abortada.
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