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Por enquanto, Câmara não vai elevar salários
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Reunida ontem, a cúpula da Câmara suspendeu a
negociação sobre a proposta que extingue a verba
indenizatória de R$ 15 mil
mensais e aumenta os salários dos deputados de R$
16,5 mil para R$ 24,5 mil.
Apresentada e defendida pelo primeiro-secretário da Casa, deputado Rafael Guerra (PSDB-MG), a
proposta sofreu resistências entre membros da
Mesa Diretora, principalmente de representantes
do PT. Alguns deputados
argumentaram que, com a
mudança, os vencimentos
seriam menores do que no
modelo atual -que, somando tudo, passa dos
R$ 30 mil mensais.
"Vamos paralisar a negociação porque ela só seria possível se tivesse uma
vantagem econômica significativa. Por enquanto
fica como está e as notas
passarão a ser públicas",
disse o presidente Michel
Temer (PMDB-SP).
A defesa da mudança foi
feita por Guerra com base
em estimativa incompleta,
que apontava economia de
cerca de R$ 100 milhões ao
ano para os cofres públicos. A estimativa, porém,
desconsidera o efeito cascata em Câmaras Municipais e Assembleias. Assim,
o aumento nos gastos pode chegar a R$ 1 bilhão.
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