São Paulo, quinta-feira, 12 de março de 2009

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Humorista oferece castelo de congressista a príncipe Charles por R$ 20 milhões

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Mais de 200 metros de tapete vermelho foram espalhados pelo Congresso para receber ontem o príncipe Charles e sua mulher, a duquesa da Cornuália, Camilla Parker Bowles, mas eles não escaparam do "CQC", programa humorístico da TV Bandeirantes que lhes ofereceu um "presente": o castelo do deputado Edmar Moreira (sem partido-MG), que renunciou à segunda vice-presidência e à Corregedoria da Câmara.
A oferta dos humoristas foi acompanhada do preço de 6 milhões de libras (cerca de R$ 20 milhões), apesar de, na "vida real", o valor atribuído ao castelo ser de R$ 25 milhões.
O príncipe, apesar de bem-humorado, não respondeu à provocação. Preferiu falar sobre seu assunto predileto, a defesa do ambiente, com os presidentes do Senado, José Sarney (PMDB), e da Câmara, Michel Temer (PMDB).
Segundo Sarney, Charles falou principalmente sobre a importância da participação privada e da sociedade civil organizada na preservação da natureza, a criação de reservas ambientais e ações de combate à mudança do clima.
Pagamento de créditos de carbono também esteve na pauta, mediada por intérpretes.
Apesar da decantada "pontualidade britânica", Charles e Camilla chegaram uma hora e 55 minutos atrasados na "garden party" (recepção nos jardins) oferecida pela Embaixada do Reino Unido, para que eles confraternizassem com a "comunidade local".
Com um vestido branco de seda, Camilla não usava chapéu, hábito londrino que não é seguido no Brasil. Mulheres diplomatas ou casadas com diplomatas também não. Mas as "socialites" não perderam a chance de usar os seus. Também apareceram com saltos finos, que afundavam na grama. Uma delas ficou descalça.
Charles e Camilla cumprimentaram um por um, com rápidas palavras. Ao comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, ele agradeceu: "Obrigado por me deixar usar sua base [a Base Aérea de Brasília]".
Na agenda do presidente Lula distribuída na terça, o Planalto escreveu errado o nome do príncipe. Em vez de Charles Philip Arthur George, foi usado "Chaves" no lugar de George. Ontem, no Planalto, ele subiu a rampa sem a companhia de Lula, com quem conversou sobre ambiente.


Assista ao vídeo com o príncipe Charles
www.folha.com.br/090706



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