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Dono de castelo será investigado por comissão
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Para dar respaldo jurídico e
político ao processo aberto
contra o deputado Edmar Moreira (sem partido-MG), o corregedor da Câmara, Antônio
Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), decidiu ontem montar
uma comissão de sindicância
pluripartidária para investigar
as denúncias de uso irregular
da verba indenizatória.
Moreira, que saiu do DEM
após a revelação de que tinha
um castelo não-declarado,
usou parte dos R$ 15 mil da verba com segurança e terá que depor à comissão na quarta. A
suspeita é que ele pode ter beneficiado as próprias empresas.
Além de Neto, Osmar Serraglio (PMDB-PR), José Eduardo
Cardozo (PT-SP), Flávio Dino
(PC do B-MA) e Régis de Oliveira (PSC-SP), advogados, serão
responsáveis pelo caso. Cardozo será o relator, livrando o corregedor de arcar só com o ônus
de eventual pedido de cassação.
Os cinco analisarão a defesa
-considerada inconsistente
por não ter cópia das notas- e
farão diligências. Questionados, a maioria dos integrantes
entende que caso as notas das
empresas de Moreira, ele tem
chances reais de ir ao Conselho
de Ética. Uma possibilidade é
pedir cassação graças a lei de
improbidade administrativa.
A análise é que é fundamental checar se os serviços foram
prestados e se o valor de R$ 140
mil gasto é o de mercado. A comissão terá 15 dias úteis, prorrogáveis, para fazer o trabalho.
O temor de todos é que, caso
Moreira seja cassado, outros,
que adotam a mesma prática,
sejam encaixados no novo precedente.
(MARIA CLARA CABRAL)
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