São Paulo, quinta-feira, 12 de março de 2009

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Dono de castelo será investigado por comissão

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Para dar respaldo jurídico e político ao processo aberto contra o deputado Edmar Moreira (sem partido-MG), o corregedor da Câmara, Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), decidiu ontem montar uma comissão de sindicância pluripartidária para investigar as denúncias de uso irregular da verba indenizatória.
Moreira, que saiu do DEM após a revelação de que tinha um castelo não-declarado, usou parte dos R$ 15 mil da verba com segurança e terá que depor à comissão na quarta. A suspeita é que ele pode ter beneficiado as próprias empresas.
Além de Neto, Osmar Serraglio (PMDB-PR), José Eduardo Cardozo (PT-SP), Flávio Dino (PC do B-MA) e Régis de Oliveira (PSC-SP), advogados, serão responsáveis pelo caso. Cardozo será o relator, livrando o corregedor de arcar só com o ônus de eventual pedido de cassação.
Os cinco analisarão a defesa -considerada inconsistente por não ter cópia das notas- e farão diligências. Questionados, a maioria dos integrantes entende que caso as notas das empresas de Moreira, ele tem chances reais de ir ao Conselho de Ética. Uma possibilidade é pedir cassação graças a lei de improbidade administrativa.
A análise é que é fundamental checar se os serviços foram prestados e se o valor de R$ 140 mil gasto é o de mercado. A comissão terá 15 dias úteis, prorrogáveis, para fazer o trabalho.
O temor de todos é que, caso Moreira seja cassado, outros, que adotam a mesma prática, sejam encaixados no novo precedente. (MARIA CLARA CABRAL)


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