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Justiça nega bloqueio de contas, diz cooperativa
Nem Ministério Público nem TJ-SP confirmam a decisão
FLÁVIO FERREIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A defesa da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo) afirmou ontem que a Justiça negou o bloqueio das contas da cooperativa e adiou a decisão sobre a
quebra do sigilo bancário e fiscal do presidente licenciado da
entidade, João Vaccari Neto,
atual tesoureiro do PT.
As medidas contra a Bancoop
e Vaccari foram requeridas pelo Ministério Público de São
Paulo na sexta-feira passada.
O promotor criminal José
Carlos Blat, autor do inquérito
do caso, afirma que Vaccari e
outros dirigentes da cooperativa foram responsáveis pelo
desvio de mais de R$ 100
milhões da entidade e que parte
do dinheiro foi utilizada para financiar campanhas políticas
do PT.
De acordo com o advogado da
Bancoop, Luiz Flávio Borges
D'Urso, a decisão judicial de
ontem não deferiu a quebra do
sigilo de Vaccari e "pediu que o
Ministério Público apresentasse onde se encontram as justificativas para tal medida no inquérito".
Em relação ao indeferimento
do bloqueio das contas da Bancoop, D'Urso disse que uma
eventual decisão desfavorável à
entidade "seria um desastre para o cooperado, porque a cooperativa celebrou um termo de
ajustamento de conduta com o
Ministério Público e vinha
cumprindo regularmente [o
termo de ajustamento]".
A Folha procurou na noite
de ontem o promotor Blat e as
assessorias do Ministério Público e do Tribunal de Justiça
de São Paulo, mas não obteve a
confirmação sobre a decisão favorável à Bancoop.
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