São Paulo, sexta-feira, 12 de março de 2010

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Justiça nega bloqueio de contas, diz cooperativa

Nem Ministério Público nem TJ-SP confirmam a decisão

FLÁVIO FERREIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A defesa da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo) afirmou ontem que a Justiça negou o bloqueio das contas da cooperativa e adiou a decisão sobre a quebra do sigilo bancário e fiscal do presidente licenciado da entidade, João Vaccari Neto, atual tesoureiro do PT.
As medidas contra a Bancoop e Vaccari foram requeridas pelo Ministério Público de São Paulo na sexta-feira passada.
O promotor criminal José Carlos Blat, autor do inquérito do caso, afirma que Vaccari e outros dirigentes da cooperativa foram responsáveis pelo desvio de mais de R$ 100 milhões da entidade e que parte do dinheiro foi utilizada para financiar campanhas políticas do PT.
De acordo com o advogado da Bancoop, Luiz Flávio Borges D'Urso, a decisão judicial de ontem não deferiu a quebra do sigilo de Vaccari e "pediu que o Ministério Público apresentasse onde se encontram as justificativas para tal medida no inquérito".
Em relação ao indeferimento do bloqueio das contas da Bancoop, D'Urso disse que uma eventual decisão desfavorável à entidade "seria um desastre para o cooperado, porque a cooperativa celebrou um termo de ajustamento de conduta com o Ministério Público e vinha cumprindo regularmente [o termo de ajustamento]".
A Folha procurou na noite de ontem o promotor Blat e as assessorias do Ministério Público e do Tribunal de Justiça de São Paulo, mas não obteve a confirmação sobre a decisão favorável à Bancoop.


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