|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ONU deu
prêmio a
ministro
do Banco de Dados
José Gregori foi o primeiro
brasileiro a ganhar o prêmio de
direitos humanos da ONU (Organização das Nações Unidas)
em dezembro de 1998.
Coincidindo com a comemoração dos 50 anos da promulgação da Declaração Universal
dos Direitos Humanos, Gregori recebeu o prêmio ao lado de
mais quatro pessoas, incluindo
o ex-presidente dos Estados
Unidos Jimmy Carter.
Segundo a ONU, Gregori foi
premiado por "sua luta desde
os anos 50, buscando restabelecer a democracia no país, além
dos programas nacional e regional de divulgação dos direitos humanos". Concedido pela
organização a cada cinco anos,
o prêmio já foi entregue ao ex-presidente da África do Sul
Nelson Mandela e ao líder negro Martin Luther King.
Amigo do presidente Fernando Henrique Cardoso há
mais de 40 anos, Gregori assumiu, em 1997, a Secretaria Nacional de Direitos Humanos.
Durante sua gestão, Gregori
cumpriu todas as tarefas na
área de direitos humanos. Foi o
responsável pela lei que permitiu indenizar familiares de desaparecidos políticos durante o
regime militar (1964-1985).
A lei nº 9.140/95 reconhece
como mortas pessoas desaparecidas durante os anos de resistência política ao regime militar no Brasil.
Também coube a ele a coordenação do Plano Nacional de
Direitos Humanos. Sua ida para uma secretaria especial tem
como objetivo acompanhar,
no Congresso Nacional, a
aprovação de leis para a regulamentação desse plano.
Além disso, priorizou a reestruturação do modelo atual das
polícias militares. Gregori defendeu, nesse sentido, o projeto
do deputado federal Hélio Bicudo (PT-SP), que transfere
para a Justiça comum todos os
crimes cometidos por policiais
militares, com exceção de formação de quadrilha e extorsão.
Formado em direito pela
Universidade de São Paulo,
Gregori foi, entre 1975 e 1982,
presidente da Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de
São Paulo, criada por d. Paulo
Evaristo Arns. Deputado estadual, no período de 1983 a 1987,
Gregori foi secretário estadual
de Descentralização e Participação na gestão Franco Montoro (PDMB).
Em março de 1992, no governo do presidente Fernando
Collor de Mello, assumiu a chefia de gabinete do ex-ministro
Marcílio Marques Moreira.
Jobim
No início do primeiro governo Fernando Henrique Cardoso, Gregori tornou-se chefe de
gabinete do então ministro da
Justiça, Nelson Jobim, depois
indicado pelo presidente para
uma cadeira no Supremo Tribunal Federal em 1997.
Na época, ocupou o cargo de
ouvidor-geral da República,
que tinha por função receber
reclamações, denúncias e sugestões. "É importante para o
cidadão sentir que alguém do
governo quer ouvi-lo".
Cotado para substituir Jobim
no ministério, acabou sendo
preterido por FHC em detrimento do senador Iris Rezende
(PMDB-GO).
Texto Anterior: Gregori aponta identidade com Dias Próximo Texto: Jobim diz esperar bom desempenho Índice
|