DA REPORTAGEM LOCAL

Garimpeiros de Espigão d'Oeste (RO) afirmam que pelo menos 20 colegas estão desaparecidos desde o conflito ocorrido num garimpo clandestino na terra indígena Roosevelt, na última quarta-feira.
"É gente conhecida, pai de família. Eles foram vistos amarrados [com os índios] e não chegaram à cidade", disse Pedro Alves, o "Maguila", do sindicato dos garimpeiros do município, que tem 1.200 filiados. Segundo ele, "não há nenhuma possibilidade" de os garimpeiros estarem perdidos na mata ou com receio de aparecer na delegacia do município e serem indiciados pela polícia pela invasão da reserva.
Os garimpeiros, reunidos ontem na frente da delegacia local, querem que três representantes possam participar de uma busca detalhada, por terra, para localizar outros possíveis corpos além dos três já anunciados pela Funai. Mas a Funai em Brasília afirmou ontem à Folha que isso não está sendo cogitado. O órgão teme que a presença de garimpeiros na terra indígena agrave o conflito.
Segundo a Funai, a promotora de Justiça Conceição Sorte, que tentava uma autorização judicial para a entrada dos garimpeiros, foi "retirada" das negociações com os garimpeiros. (RV)


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