|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Reprodução de tela provoca mal-entendido
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Uma leitura feita por peritos da Polícia Federal levou a
uma sucessão de interpretações equivocadas no curso da
investigação sobre quem vazou o dossiê da Casa Civil
com gastos sigilosos da família do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
A confusão começou a partir da reprodução, pelas revistas "Veja" e "Época", de
uma fotografia de tela de
computador com uma página do "Relatório de Suprimento de Fundos", o nome
do dossiê criado no Planalto.
A imagem havia sido publicada pela Folha originalmente no dia 4, como parte
da reportagem que revelava
detalhes do arquivo, extraído da rede de computadores
da Casa Civil e obtido com
exclusividade pelo jornal.
A Folha havia baixado o
arquivo digital em um terminal da Sucursal de Brasília e
fotografado as telas para
ilustrar a reportagem. Na
imagem publicada, foi cortada a barra horizontal na qual
é possível ver quais arquivos
ou programas estavam abertos naquele terminal -não
diziam respeito ao dossiê.
Entre eles, havia o registro
de uma conversa pelo programa MSN Messenger entre o usuário do terminal e
Leonardo Rocha, funcionário administrativo do jornal.
As revistas preservaram a
barra horizontal com a menção a "Conversa - Leo Rocha". Foi o suficiente para
deflagrar uma série de mal-entendidos. A polícia encarregada de elucidar o escândalo ontem investigava a "dica" de "Leo Rocha".
A Folha apurou que peritos disseram saber que ele é
funcionário do jornal e por
isso trabalhavam com a suspeita de que o "vazador" estava na Casa Civil e em contato com a Folha na hora da extração do documento. Não
foi só a PF que confundiu as
telas. Alguns sites travam
debate sobre "Leo Rocha".
O "Amigos do Presidente
Lula" achou um homônimo
-presidente da Juventude
do PSDB de Ubatuba (SP)-
e divulgou teorias conspiratórias. O "KGB Lulista" diz:
"O caminho é o "Leo Rocha".
É necessário mapeá-lo".
Texto Anterior: Dossiê não é crime e todos fazem, diz Tarso Próximo Texto: Tucano quer que Dilma vá ao Senado depor na quarta-feira Índice
|