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São Paulo, quinta-feira, 12 de junho de 2003

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PT SOB PRESSÃO

Vicentinho passa o dia na Câmara e critica vaias

RUBENS VALENTE
DA REPORTAGEM LOCAL

Um dos principais nomes do sindicalismo e da CUT (Central Única dos Trabalhadores) nos últimos 20 anos, o deputado federal Vicente Paulo da Silva, 48, o Vicentinho, passou ontem ao largo do maior protesto feito pela entidade contra as reformas do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
A única vez que viu o protesto foi às 10h, segundo seu próprio relato, quando passou com seu carro perto do caminhão de som da CUT, em direção à Câmara.
"Não deu para entender o que diziam", descreveu o deputado, que presidiu a entidade entre 1994 e 2000. No início do ato, quando cerca de 20 mil pessoas já se aglomeravam, Vicentinho recebia em seu gabinete uma comissão de metalúrgicos de São José dos Campos (SP) para tratar de possíveis demissões na cidade.
À tarde, quando o protesto atingia seu auge, Vicentinho estava reunido com representantes do 1º Encontro de Mulheres Parlamentares dos Países da Língua Portuguesa. Depois, participou da abertura da 8ª Conferência Nacional de Direitos Humanos.
Vicentinho disse que não se sentiu constrangido com a situação: "A bancada escolheu quem iria falar com os sindicalistas, e eu não fui escolhido". Soube, nos corredores, que o presidente da CUT, Luiz Marinho, e o líder do partido, Nelson Pellegrino (BA), haviam sido vaiados. Não gostou. "Isso foi muito desrespeitoso. Eles têm a minha solidariedade."
O deputado disse que, na bancada, defenderá as propostas da entidade.
Sem prejuízo de um outro compromisso: "Eu posso até ter divergências em relação a um ou outro ponto das reformas, mas a minha confiança no Lula e no governo é infinitamente maior".


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