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Tucanos querem investigar suposta mesada no governo Marta Suplicy
DA REPORTAGEM LOCAL
A Câmara Municipal de São
Paulo já tem assinaturas suficientes para a abertura de uma CPI
para investigar denúncias de suposta compra de votos na gestão
da ex-prefeita Marta Suplicy (PT).
Protocolado na semana passada, o pedido de CPI entrou na fila,
mas deve ganhar força, segundo
seu autor, Dalton Silvano (PSDB),
depois do escândalo do "mensalão", no qual se envolveu o governo federal. "São situações análogas", afirma o vereador tucano.
O pedido de CPI, que obteve 21
assinaturas entre os 55 vereadores, foi motivado por reportagem
da "Veja" do início de maio. Segundo a revista, o secretário de
Governo da gestão José Serra
(PSDB), Aloysio Nunes Ferreira, e
o presidente da CET (Companhia
de Engenharia de Tráfego), Roberto Scaringella, teriam ouvido
relatos de pagamento de "caixinha", por empresários, para órgãos da prefeitura, secretários e
vereadores da base da ex-prefeita.
Eles negam ter participado de
conversas do gênero.
Segundo relatos feitos à revista
por pessoas que não quiseram se
identificar, o dono da Consladel,
Jorge Moura, seria o pivô do suposto esquema. A empresa negou
o conteúdo da reportagem e
Moura diz que vai processar a revista. O Ministério Público Estadual está investigando o caso.
Em 2003, o então vereador Gilberto Natalini (PSDB) disse, numa reunião fechada, que Marta
obteve maioria na Câmara por ter
comprado votos. As declarações
foram gravadas e divulgadas, e
Natalini, processado por ela.
Atual secretário de Participação
e Parceria da administração Serra,
Natalini está mais comedido.
"Havia rumores de pagamento de
caixinha, agora confirmados pelo
ex-presidente da Câmara José
Eduardo Cardozo (PT)", disse.
Cardozo conta que, numa sessão que presidia, um assessor militar da Casa o avisou que havia
um boato da chegada de um carro, no subsolo, para pagar uma
"mesada" aos vereadores. O hoje
deputado diz que desceu ao local,
mas não encontrou nada.
Resposta
Marta Suplicy divulgou nota em
resposta à reportagem publicada
ontem pela revista "Veja", que
voltou a acusar a gestão da petista
de pagar vereadores para conseguir a aprovação de projetos.
"A revista "Veja", na sua edição
de hoje [ontem], produziu um libelo de conteúdo difamador e injurioso com o intuito de atingir
minha imagem, minha honra e
dignidade", afirma a nota. "[A
matéria] visa atingir, além de minha pessoa, o PT e o governo do
presidente Lula com claro conteúdo difamador", acrescenta a
ex-prefeita. No texto, a petista diz
que está tomando medidas judiciais contra a revista.
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