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Secretário de Alckmin tenta evitar
que decisão judicial acirre conflitos
DA AGÊNCIA FOLHA
Logo depois de ser informado
da prisão dos líderes do MST José
Rainha Jr. e Felinto Procópio dos
Santos, o secretário da Justiça de
São Paulo, Alexandre de Moraes,
entrou em ação para tentar evitar
o aprofundamento dos conflitos
na região do Pontal do Paranapanema, principal foco de disputa
agrária no Estado.
O secretário pediu que o representante do Itesp (Fundação Instituto de Terras do Estado de São
Paulo) na região informasse às lideranças dos acampados que nada muda na disposição do governo em ter uma reforma agrária
pacífica no Estado.
Segundo o secretário, deve-se
evitar explorar politicamente a
prisão, que deveria ser entendida
como uma decisão técnica de promotores e juízes. "Nem os fazendeiros devem comemorar nem os
sem-terra devem achar que é uma
perseguição", disse Moraes ontem à tarde, em São Paulo.
Para o secretário, a decretação
das prisões preventivas não deverá acirrar os conflitos. O governo,
por meio da Secretaria da Justiça,
irá negociar para a realização de
uma reunião com as lideranças
dos acampados na região do Pontal nas próximas semanas para
discutir a reforma agrária.
Segundo o secretário, a transferência de Rainha da cadeia pública de Teodoro Sampaio, onde foi
preso, para a penitenciária Maurício Henrique Guimarães Pereira,
no município de Presidente Venceslau, foi determinada pela própria secretaria para garantir "tanto a segurança de Rainha quanto a
tranquilidade pública".
A ex-presidente da UDR (União
Democrática Ruralista) Tânia Tenório de Farias reagiu com satisfação à notícia da prisão do líder.
"Vejo essa notícia com bons
olhos, já que a perspectiva que
Rainha traz para a região é de instigar a violência, as invasões."
(SÍLVIA FREIRE)
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