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São Paulo, sábado, 12 de julho de 2003

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Secretário de Alckmin tenta evitar que decisão judicial acirre conflitos

DA AGÊNCIA FOLHA

Logo depois de ser informado da prisão dos líderes do MST José Rainha Jr. e Felinto Procópio dos Santos, o secretário da Justiça de São Paulo, Alexandre de Moraes, entrou em ação para tentar evitar o aprofundamento dos conflitos na região do Pontal do Paranapanema, principal foco de disputa agrária no Estado.
O secretário pediu que o representante do Itesp (Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo) na região informasse às lideranças dos acampados que nada muda na disposição do governo em ter uma reforma agrária pacífica no Estado.
Segundo o secretário, deve-se evitar explorar politicamente a prisão, que deveria ser entendida como uma decisão técnica de promotores e juízes. "Nem os fazendeiros devem comemorar nem os sem-terra devem achar que é uma perseguição", disse Moraes ontem à tarde, em São Paulo.
Para o secretário, a decretação das prisões preventivas não deverá acirrar os conflitos. O governo, por meio da Secretaria da Justiça, irá negociar para a realização de uma reunião com as lideranças dos acampados na região do Pontal nas próximas semanas para discutir a reforma agrária.
Segundo o secretário, a transferência de Rainha da cadeia pública de Teodoro Sampaio, onde foi preso, para a penitenciária Maurício Henrique Guimarães Pereira, no município de Presidente Venceslau, foi determinada pela própria secretaria para garantir "tanto a segurança de Rainha quanto a tranquilidade pública".
A ex-presidente da UDR (União Democrática Ruralista) Tânia Tenório de Farias reagiu com satisfação à notícia da prisão do líder. "Vejo essa notícia com bons olhos, já que a perspectiva que Rainha traz para a região é de instigar a violência, as invasões."
(SÍLVIA FREIRE)


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