São Paulo, segunda-feira, 12 de julho de 2004

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OUTRO LADO

Funasa alega que organização está sob nova gestão

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

O diretor de saúde indígena da Funasa, Alexandre Padilha, argumenta que o convênio fechado no mês passado com a Coiab foi assinado pela nova diretoria da ONG. Na avaliação dele, a atual gestão tem comportamento diferente do adotado pelos antigos gestores, afastados devido às denúncias de irregularidades.
A Funasa argumenta também que a Coiab se comprometeu a assinar um Termo de Ajuste de Conduta com o Ministério Público, no qual assumiria a responsabilidade de concluir as obras inacabadas com fontes alternativas de recursos. Até agora, no entanto, o termo não foi assinado, e as obras não foram concluídas.
O atual coordenador da Coiab, índio saterê-mauê Jecinaldo Barbosa Cabral, reconheceu a ocorrência de irregularidades durante a gestão de Cláudio Pereira Mura, seu antecessor. "A Coiab agiu da sua maneira, enxergou os erros dos seus ex-coordenadores e afastou todos", afirmou.
Cláudio Pereira Mura afirma, por sua vez, que se sente isolado depois de ter sido afastado da Coiab. Acha que a Funasa não pode generalizar, valendo-se apenas do caso do convênio dos poços. "A Funasa não pode pegar esse exemplo [do contrato dos poços artesianos] para generalizar. Se fizéssemos uma parceria adequada, não aconteceria isso", disse.
Por causa das denúncias envolvendo a Coiab, a Funasa realizou, em em dezembro do ano passado, uma auditoria geral na entidade e em outras 12 ONGs indígenas. Das 13, sete perderam seus contratos. A Coiab foi classificada como regular. Por isso continua a receber dinheiro do governo.


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