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OUTRO LADO
Funasa alega que organização está sob nova gestão
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
O diretor de saúde indígena
da Funasa, Alexandre Padilha,
argumenta que o convênio fechado no mês passado com a
Coiab foi assinado pela nova
diretoria da ONG. Na avaliação
dele, a atual gestão tem comportamento diferente do adotado pelos antigos gestores,
afastados devido às denúncias
de irregularidades.
A Funasa argumenta também que a Coiab se comprometeu a assinar um Termo de
Ajuste de Conduta com o Ministério Público, no qual assumiria a responsabilidade de
concluir as obras inacabadas
com fontes alternativas de recursos. Até agora, no entanto, o
termo não foi assinado, e as
obras não foram concluídas.
O atual coordenador da
Coiab, índio saterê-mauê Jecinaldo Barbosa Cabral, reconheceu a ocorrência de irregularidades durante a gestão de
Cláudio Pereira Mura, seu antecessor. "A Coiab agiu da sua
maneira, enxergou os erros dos
seus ex-coordenadores e afastou todos", afirmou.
Cláudio Pereira Mura afirma,
por sua vez, que se sente isolado depois de ter sido afastado
da Coiab. Acha que a Funasa
não pode generalizar, valendo-se apenas do caso do convênio
dos poços. "A Funasa não pode
pegar esse exemplo [do contrato dos poços artesianos] para
generalizar. Se fizéssemos uma
parceria adequada, não aconteceria isso", disse.
Por causa das denúncias envolvendo a Coiab, a Funasa
realizou, em em dezembro do
ano passado, uma auditoria geral na entidade e em outras 12
ONGs indígenas. Das 13, sete
perderam seus contratos. A
Coiab foi classificada como regular. Por isso continua a receber dinheiro do governo.
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