|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ESCÂNDALO DO MENSALÃO
Liminar do TRF livra irmão de Genoino de processo no Ceará
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA
Uma liminar do TRF (Tribunal Regional Federal) da
5ª Região, no Recife, livrou o
deputado estadual José Nobre Guimarães (PT-CE), irmão do ex-presidente do PT
José Genoino, do processo
relativo aos dólares encontrados na cueca de José Adalberto Vieira da Silva, ex-assessor de Guimarães.
Outros beneficiados por liminares concedidas pelo desembargador Napoleão Nunes Maia são a empresa Alusa-Companhia Técnica de
Engenharia Elétrica, o presidente e quatro diretores do
BNB (Banco do Nordeste do
Brasil) e a empresa Enphase
Consultoria.
Pela denúncia do Ministério Público Federal, os
US$ 100 mil encontrados na
cueca de Adalberto e os
R$ 200 mil que ele tinha em
uma bolsa quando tentava
embarcar em São Paulo para
Fortaleza, em julho do ano
passado, eram propina paga
pela Alusa, sócia majoritária
no consórcio STN (Sistema
de Transmissão Nordeste)
pelo favorecimento na concessão de um financiamento
de R$ 300 milhões pelo BNB.
Todas as decisões tomadas
pelo juiz federal Nagibe Melo
Jorge Neto em relação a Guimarães, à Alusa, a diretores e
presidente do banco e à Enphase (responsável pelo projeto apresentado pela Alusa
ao BNB) foram suspensas
pelas liminares. Isso inclui
pedidos de quebras de sigilo
bancário e pagamento de um
depósito pela Alusa de R$ 6
milhões, para garantir um
possível ressarcimento de
prejuízos ao erário público.
Só não foram beneficiados
por liminares o próprio Adalberto e um ex-assessor especial do banco, Kennedy Moura Ramos, que foi exonerado
após a denúncia.
A quebra de sigilo telefônico dos dois mostra que eles
trocaram telefonemas entre
si e com um representante
da Alusa durante viagens de
Adalberto a São Paulo.
Com a isenção da Alusa,
porém, cai por terra a tese de
propina do Ministério Público, e o dinheiro encontrado
teria de ter outra origem.
Ontem, Maia não quis falar
sobre a decisão. Ele informou que os autos estavam
disponíveis na internet.
Para ele, faltam provas
mais contundentes, e parecer do TCU (Tribunal de
Contas da União) atestou a
probidade do financiamento.
A decisão ainda será julgada pela 2ª Turma do TRF.
(KAMILA FERNANDES)
Texto Anterior: Elio Gaspari: Geraldo Alckmin precisa ouvir o Bussunda Próximo Texto: Congresso: Senado aprova Orçamento impositivo em primeiro turno Índice
|