São Paulo, quinta-feira, 12 de julho de 2007

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Iesa refuta as acusações de manipulação

DA SUCURSAL DO RIO

A Iesa Óleo & Gás divulgou nota ontem na qual refuta as acusações de manipulação de licitações realizadas pela Petrobras. A empresa afirma que obteve contratos com a estatal em razão de seu "elevado conceito técnico e gerencial" e do "menor preço".
A empresa ressalta ainda que ganhou sozinha -e com esses critérios- a licitação aberta pela Petrobras em 2006 para modernização da plataforma P-14. "A Iesa esclarece que essa licitação não teve qualquer participação de nenhuma outra empresa, notadamente o estaleiro Angraporto. Por isso, são inteiramente confusas e equivocadas as referências entre essa obra e outros trabalhos de docagem em diferentes plataformas realizados anteriormente nas dependências daquele estaleiro", diz a nota.
A Iesa Óleo & Gás é ligada à empresa Iesa/Inepar, que tem 4.000 funcionários. A nota afirma que a subsidiária foi criada em 2005 e, portanto, não poderia ter participado de projetos antes daquela data. A investigação da Petrobras abrange operações feitas a partir de 2003.
A empresa afirma que realizou obras na P-14 no estaleiro da Angraporto por determinação do edital e do contrato assinado com a Petrobras. "Aliás, a P-14 já estava ancorada no referido estaleiro, pois nela vinham sendo feitos trabalhos técnicos por outras empresas", observa a nota.
A nota informa que a Iesa não tem nenhuma ligação societária com o estaleiro Angraporto, peça central no suposto esquema de corrupção denunciado pela Procuradoria.
Procurado, o estaleiro Mauá-Jurong informou que não iria se pronunciar enquanto seus advogados não analisassem a fundo a denúncia do Ministério Público. O estaleiro é controlado pelo Synergy Group (65%) e pelo estaleiro Jurog (35%), de Cingapura. O Synergy é dono ainda das empresas aéreas OceanAir e Avianca (Colômbia), do estaleiro Eisa e da empresa prestadora de serviços na área de petróleo Marítima. O controlador do grupo é o empresário German Efromovich.
O advogado José Carlos Tórtima, que representa três diretores e um funcionário da Angraporto Offshore, disse ontem que não pretende falar sobre o caso com jornalistas antes que seus clientes sejam interrogados na Justiça.
A Folha telefonou para João Bernardo Kappen, advogado de Ruy Castanheira de Souza, mas ele não foi localizado.


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