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Iesa refuta as acusações de manipulação
DA SUCURSAL DO RIO
A Iesa Óleo & Gás divulgou nota ontem na qual refuta as acusações de manipulação de licitações realizadas pela Petrobras. A
empresa afirma que obteve contratos com a estatal
em razão de seu "elevado
conceito técnico e gerencial" e do "menor preço".
A empresa ressalta ainda que ganhou sozinha -e
com esses critérios- a licitação aberta pela Petrobras em 2006 para modernização da plataforma P-14. "A Iesa esclarece que
essa licitação não teve
qualquer participação de
nenhuma outra empresa,
notadamente o estaleiro
Angraporto. Por isso, são
inteiramente confusas e
equivocadas as referências
entre essa obra e outros
trabalhos de docagem em
diferentes plataformas
realizados anteriormente
nas dependências daquele
estaleiro", diz a nota.
A Iesa Óleo & Gás é ligada à empresa Iesa/Inepar,
que tem 4.000 funcionários. A nota afirma que a
subsidiária foi criada em
2005 e, portanto, não poderia ter participado de
projetos antes daquela data. A investigação da Petrobras abrange operações
feitas a partir de 2003.
A empresa afirma que
realizou obras na P-14 no
estaleiro da Angraporto
por determinação do edital e do contrato assinado
com a Petrobras. "Aliás, a
P-14 já estava ancorada no
referido estaleiro, pois nela vinham sendo feitos trabalhos técnicos por outras
empresas", observa a nota.
A nota informa que a Iesa não tem nenhuma ligação societária com o estaleiro Angraporto, peça
central no suposto esquema de corrupção denunciado pela Procuradoria.
Procurado, o estaleiro
Mauá-Jurong informou
que não iria se pronunciar
enquanto seus advogados
não analisassem a fundo a
denúncia do Ministério
Público. O estaleiro é controlado pelo Synergy
Group (65%) e pelo estaleiro Jurog (35%), de Cingapura. O Synergy é dono
ainda das empresas aéreas
OceanAir e Avianca (Colômbia), do estaleiro Eisa e
da empresa prestadora de
serviços na área de petróleo Marítima. O controlador do grupo é o empresário German Efromovich.
O advogado José Carlos
Tórtima, que representa
três diretores e um funcionário da Angraporto Offshore, disse ontem que não
pretende falar sobre o caso
com jornalistas antes que
seus clientes sejam interrogados na Justiça.
A Folha telefonou para
João Bernardo Kappen,
advogado de Ruy Castanheira de Souza, mas ele
não foi localizado.
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