São Paulo, quinta-feira, 12 de agosto de 2004

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IMPRENSA

Colunista da Folha é premiado por conjunto da obra

Clóvis Rossi recebe homenagem de fundação criada por García Márquez

DA REPORTAGEM LOCAL

A Fundación Nuevo Periodismo Iberoamericano (FNPI), entidade internacional de jornalismo criada em 1994 pelo escritor colombiano Gabriel García Márquez, decidiu homenagear o jornalista brasileiro Clóvis Rossi pelo conjunto de seu trabalho.
O colunista e membro do Conselho Editorial da Folha é o ganhador da edição de 2004 do Premio Nuevo Periodismo Cemex-FNPI na categoria "homenagem". Receberá ainda um cheque de US$ 30 mil em cerimônia a acontecer no dia 31 deste mês na cidade de Monterrey, no México.
O prêmio veio "em reconhecimento pela extraordinária trajetória profissional como repórter, correspondente internacional e colunista, assim como por sua contribuição ao entendimento entre o Brasil e os demais países da América Latina", disse Jaime Abello Banfi, diretor da FNPI.

41 anos de profissão
Clóvis Rossi, 61, tem 41 anos de profissão. Acompanhou o golpe de Estado no Chile (1973), a Revolução dos Cravos em Portugal (1974) e a redemocratização da Espanha (1977). Em 2001, ganhou o Prêmio Maria Moors Cabot, da Faculdade de Jornalismo da Universidade Columbia (EUA). Em 2002, recebeu o Prêmio Ayrton Senna de jornalismo político.
"Eu gostaria que o prêmio funcionasse como uma injeção de auto-estima para a Redação da Folha, nesse momento dolorido que vivemos, por motivos óbvios", disse Rossi, referindo-se a recentes cortes de pessoal. "O prêmio é meu, claro, mas é também da Folha. Estou chegando a um quarto de século aqui e não dá para dissociar meu nome do do jornal."
Para o jornalista, o reconhecimento de seu trabalho seria, portanto, também o reconhecimento do valor de um projeto editorial, o do jornal, "que precisa superar as dificuldades, dúvidas e dores do momento". E conclui: "Se um de nós pode ser premiado internacionalmente, todos podemos".

Foto e texto
Além de Rossi, foi premiado o brasileiro Maurício Lima, da agência de notícias "France Presse", na categoria fotografia, pela imagem "Esperança sem teto", em que o fotógrafo de 28 anos mostra a ocupação de um terreno da Volkswagen por membros do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), em São Paulo.
Na categoria texto, a vencedora foi a argentina Josefina Licitra, 29, autora de reportagem sobre uma garota de 15 anos acusada de liderar uma quadrilha de seqüestros, publicada na versão local da revista "Rolling Stone". Cada um receberá um cheque de US$ 25 mil.


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