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IMPRENSA
Colunista da Folha é premiado por conjunto da obra
Clóvis Rossi recebe homenagem de fundação criada por García Márquez
DA REPORTAGEM LOCAL
A Fundación Nuevo Periodismo Iberoamericano (FNPI), entidade internacional de jornalismo
criada em 1994 pelo escritor colombiano Gabriel García Márquez, decidiu homenagear o jornalista brasileiro Clóvis Rossi pelo
conjunto de seu trabalho.
O colunista e membro do Conselho Editorial da Folha é o ganhador da edição de 2004 do Premio Nuevo Periodismo Cemex-FNPI na categoria "homenagem".
Receberá ainda um cheque de
US$ 30 mil em cerimônia a acontecer no dia 31 deste mês na cidade de Monterrey, no México.
O prêmio veio "em reconhecimento pela extraordinária trajetória profissional como repórter,
correspondente internacional e
colunista, assim como por sua
contribuição ao entendimento
entre o Brasil e os demais países
da América Latina", disse Jaime
Abello Banfi, diretor da FNPI.
41 anos de profissão
Clóvis Rossi, 61, tem 41 anos de
profissão. Acompanhou o golpe
de Estado no Chile (1973), a Revolução dos Cravos em Portugal
(1974) e a redemocratização da
Espanha (1977). Em 2001, ganhou
o Prêmio Maria Moors Cabot, da
Faculdade de Jornalismo da Universidade Columbia (EUA). Em
2002, recebeu o Prêmio Ayrton
Senna de jornalismo político.
"Eu gostaria que o prêmio funcionasse como uma injeção de auto-estima para a Redação da Folha, nesse momento dolorido que
vivemos, por motivos óbvios",
disse Rossi, referindo-se a recentes cortes de pessoal. "O prêmio é
meu, claro, mas é também da Folha. Estou chegando a um quarto
de século aqui e não dá para dissociar meu nome do do jornal."
Para o jornalista, o reconhecimento de seu trabalho seria, portanto, também o reconhecimento
do valor de um projeto editorial, o
do jornal, "que precisa superar as
dificuldades, dúvidas e dores do
momento". E conclui: "Se um de
nós pode ser premiado internacionalmente, todos podemos".
Foto e texto
Além de Rossi, foi premiado o
brasileiro Maurício Lima, da
agência de notícias "France Presse", na categoria fotografia, pela
imagem "Esperança sem teto",
em que o fotógrafo de 28 anos
mostra a ocupação de um terreno
da Volkswagen por membros do
Movimento dos Trabalhadores
Sem Teto (MTST), em São Paulo.
Na categoria texto, a vencedora
foi a argentina Josefina Licitra, 29,
autora de reportagem sobre uma
garota de 15 anos acusada de liderar uma quadrilha de seqüestros,
publicada na versão local da revista "Rolling Stone". Cada um receberá um cheque de US$ 25 mil.
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