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ELEIÇÕES 2006 / PRESIDÊNCIA
Fui até limite da lei para ter PMDB, diz Lula
Presidente atribui fracasso em acordo formal com peemedebistas à "turma" do partido que era aliada do governo FHC
Em evento em Goiânia para 4.500 simpatizantes do PMDB, Lula pede empenho
em campanha e diz temer que mentiras o prejudiquem
PEDRO DIAS LEITE
DO ENVIADO ESPECIAL A GOIÂNIA
Em comício realizado em um
centro de eventos, em Goiânia,
onde recebeu apoio de parte do
PMDB para sua campanha à
reeleição, o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva afirmou
ontem à noite que atuou até o
limite da lei para tentar fechar
uma coligação formal com o
partido, que acabou não se concretizando.
"Trabalhei para isso até o limite do possível permitido pela
lei", afirmou Lula a cerca de
4.500 simpatizantes do PMDB,
em Goiânia. No ato, o petista
recebeu apoios de 46 prefeitos
do Estado, 220 ex-prefeitos e
em torno de 200 pastores evangélicos, além do senador Maguito Vilela (PMDB), candidato
a governador, e do prefeito da
cidade, Iris Rezende (PMDB).
O presidente, que agora já articula para contar com o apoio
do PMDB em um eventual segundo mandato, culpou uma
"turma" do partido pelo fracasso das negociações. "Essa turma que não se separou ainda da
viúva do governo passado", disse Lula, em referência à parte
do PMDB que teria apoiado o
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e que não aceitou formalizar o apoio a Lula.
O ex-tesoureito petista Delúbio Soares, que tinha base em
Goiás, não foi ao evento, mas
seu irmão, Carlos Soares, sim.
Apesar de um discurso de
que não pode haver salto alto, o
presidente fez uma das mais
francas admissões de que crê
numa vitória no primeiro turno, enquanto analisava que sua
situação está "boa". Mesmo assim, cobrou empenho da militância e utilizou mais uma de
suas metáforas futebolísticas.
Comparou a eleição ao clássico de anteontem, entre São
Paulo e Corinthians, o seu time.
Mesmo com dois jogadores a
menos a maior parte do jogo, os
corintianos seguraram um 0 a
0. "De vez em quando a gente
acha que o jogo está fácil."
Ele disse temer que "mentiras" na TV possam abalar sua
candidatura e de seus aliados.
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