São Paulo, terça-feira, 12 de setembro de 2006

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entrevista

Não dá para comparar, diz historiador

DA REDAÇÃO

A comparação feita por Lula não faz sentido diante do momento histórico vivido por um e outro, afirma Marco Antonio Villa, professor da Universidade Federal de São Carlos. "Os adversários que Vargas teve de enfrentar foram infinitamente mais poderosos que aqueles que se contrapuseram timidamente a Lula em 2005", diz. (RD)

 

FOLHA - A comparação que o presidente tenta traçar para si mesmo faz algum sentido do ponto de vista histórico?
MARCO ANTONIO VILLA -
Lula é bom para metáforas, porém as futebolísticas. Quando vai para o terreno da história é um desastre. Se recordarmos, a Revolução de 30, os acontecimentos de 32, a Intentona Comunista, o levante integralista e a 2ª Guerra mostram que Vargas viveu em um momento histórico muito mais complexo.

FOLHA - Qual a conveniência, para Lula, de retomar o discurso getulista?
VILLA -
O PT desde o seu início foi marcado pelo antigetulismo. O recurso discursivo foi meramente oportunista, porque estava no Sul. A visão de Brasil do PT é oposta àquela construída pelo getulismo.


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