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OUTRO LADO
Secretário não fala, e auditor diz que grampo é "absurdo"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Folha procurou o secretário Jorge Rachid, seu adjunto Ricardo Pinheiro, o
superintendente da Receita
para a região Centro-Oeste,
Nilton Tadeu Nogueira, e a
assessoria do Ministério da
Fazenda, todos por volta das
21h de sexta-feira.
Nem Pinheiro nem Rachid
responderam aos recados. A
assessoria da Fazenda informou que, dada a hora, não
conseguiu localizá-los.
Ontem, a assessoria de imprensa de Rachid informou
que o secretário, mesmo
após ter conhecimento de
parte do conteúdo das gravações, não comentaria o caso. "A Receita está tomando
as medidas administrativas e
judiciais cabíveis e não vai se
pronunciar sobre isso", disse
Rachid à assessoria.
O único que se dispôs a falar à Folha, tendo vindo pessoalmente à redação da sucursal de Brasília, foi o superintendente Nogueira.
Ele disse que se sentia "indignado" por terem invadido sua intimidade, "a coisa
mais preciosa que tenho".
Afirmou, porém, que não
iria falar sobre o grampo
porque não tinha certeza se
realmente se tratava de sua
voz. Nogueira chamou de
"absurdos" a quebra de seu
sigilo telefônico e o vazamento das conversas.
Leonardo Couto, ex-secretário adjunto de Rachid, e o
auditor Edson Pedrosa disseram à Folha, na semana
passada, que nunca tramaram nada contra Leão.
Couto afirmou que seu
diálogo com o auditor Flávio
Franco Corrêa, de quem é
amigo pessoal, foi sobre sua
defesa em processo administrativo da Corregedoria.
Pedrosa afirmou à Folha
que jamais esteve com Rachid e que Leão monta uma
"farsa" contra ele e Couto.
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