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Questão sobre o PCC fez Alckmin parar entrevista a TV australiana
DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Vídeo disponível na internet
mostra que o candidato do
PSDB à Presidência, Geraldo
Alckmin, ficou irritado e interrompeu uma entrevista para o
programa "Dateline", do canal
australiano SBS, ao ser questionado sobre a reação de "grupos
de extermínio" aos ataques do
PCC, em maio.
Irritado com a pergunta,
Alckmin disse: "Esse é um problema do governo estadual. Você deveria ir falar com eles". Levantando-se da mesa, continuou: "Se eu soubesse que era
sobre isso, não tinha entrevista.
Não faz o menor sentido".
A reportagem, que pode ser
vista no site www.youtube.com/watch?v=vsRynm18-Eg, foi produzida pouco depois
dos primeiros ataques do PCC,
em maio, quando Alckmin já
havia sido escolhido pelo PSDB
como pré-candidato à Presidência. A assessoria de Alckmin afirmou que o vídeo foi
editado fora do contexto em
que a entrevista foi concedida.
Surpreendido pelo resultado
da pesquisa Datafolha, o comando da campanha de Alckmin atribuiu a queda ao efeito
do "terrorismo eleitoral" do
PT. A avaliação é que "boatos"
lançados pelo PT atingem diversos extratos da sociedade,
especialmente a ameaça de
uma onda de privatizações, e do
fim do Bolsa Família.
Além disso, há preocupação
com rumores específicos a determinadas regiões. Em resposta, será feita uma panfletagem "antiboataria".
Foram feitas 15 mil cartas para serem distribuídas em universidades e cursinhos pré-vestibular no Distrito Federal. A
campanha desmente que Alckmin pretenda reduzir o número de concursos públicos. Outros 180 mil panfletos foram direcionados ao Amazonas, informando que o tucano não
tem planos de desmontar a zona Franca de Manaus.
"O país está sendo tomado
por boatos mentirosos. Trata-se de um verdadeiro terrorismo
eleitoral, de uma tentativa desesperada de criar uma atmosfera de medo", disse o senador
José Jorge (PFL-PE), candidato a vice na chapa de Alckmin.
(DÉBORA YURI E SÍLVIO NAVARRO)
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