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INVESTIGAÇÃO
Dois dirigentes da Abin foram absolvidos
Procuradoria recorrerá de decisão sobre caso do grampo no BNDES
DA SUCURSAL DO RIO
O Ministério Público Federal
do Rio anunciou ontem que vai
recorrer da sentença do juiz da 2ª
Vara Federal Criminal, Alexandre
Libonati de Abreu, que absolveu
na semana passada dois dirigentes da Abin (Agência Brasileira de
Inteligência) denunciados como
envolvidos na escuta telefônica
clandestina no BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento
Social), no processo de privatização do sistema Telebrás, em 1998.
Nas fitas gravadas havia até
mesmo conversas do presidente
Fernando Henrique Cardoso com
ministros e dirigentes de estatais.
Após a revelação da existência
dos grampos, o então ministro
das Comunicações, Luiz Carlos
Mendonça de Barros, e o então
presidente do BNDES, André Lara Resende, renunciaram.
O juiz entendeu que não havia
provas de que João Guilherme
dos Santos Almeida, então chefe
da Abin no Rio, e Gersi Firmino
da Silva, então coordenador da
Abin em Brasília, tenham participado do crime.
Na sentença, Abreu condenou
como autores do grampo o ex-agente da Abin Temílson Antônio
Barreto de Resende, o Telmo, a
três anos e quatro meses de prisão, e o detetive particular Adilson Alcântara de Matos, a dois
anos e oito meses de prisão.
Célio Areas Rocha, também
acusado de participar das gravações, obteve perdão judicial por
ter colaborado com a Justiça.
"Entendemos que há provas para condenar os outros dois [Silva
e Santos Almeida". Estamos elaborando um recurso que será entregue esta semana", disse o procurador da República Artur Gueiros, para quem "uma operação
desta envergadura não poderia
ter sido feita sem que a cúpula da
Abin tivesse ciência".
O advogado de Telmo, Carlos
Kenigsberg, também anunciou
que vai recorrer da condenação.
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