São Paulo, segunda-feira, 12 de dezembro de 2005

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Para ONG, ação se resume a caso Dorothy

DA AGÊNCIA FOLHA

A diretora-executiva da ONG Justiça Global, Sandra Carvalho, elogiou a celeridade do processo do caso Dorothy, mas ressalvou: "Se esse tipo de ação não se resumisse a um caso tão emblemático, o Pará não seria o campeão no país em assassinatos a trabalhadores rurais".
Ela se baseia em um relatório da ONG divulgado no mês passado. Os dados são da CPT (Comissão Pastoral da Terra) e revelam que, de 1971 a 2004, 772 camponeses e defensores de direitos humanos foram assassinados no Pará.
Para Sandra Carvalho, a condenação de Fogoió e Eduardo é apenas "uma etapa importante".
O documento da ONG diz que "centenas de pessoas -entre mandantes, intermediários e pistoleiros- são envolvidas, mas houve apenas nove julgamentos".
Apenas três mandantes foram julgados e condenados no Estado. Um deles -um fazendeiro que matou um rapaz há 14 anos e recebeu a pena em 2000- hoje cumpre prisão domiciliar em sua casa em Goiânia, diz o relatório. Dois estão foragidos.
Mesmo alguns casos de grande repercussão jamais tiveram um processo instaurado. Entre eles estão cinco chacinas, que juntas somam 51 mortes.


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