|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
foco
Ministro vai correr após manter governador preso
DA REDAÇÃO
Depois de negar habeas
corpus a José Roberto Arruda, governador afastado do
Distrito Federal, o ministro
do STF Marco Aurélio Mello
foi correr na esteira, para aliviar o estresse.
O ministro é conhecido por
ser polêmico e, muitas vezes,
ficar isolado nas sentenças
dadas pelo tribunal.
O voto de ontem contraria
decisões pelas quais ficou conhecido. Em 2000, por exemplo, liberou o ex-banqueiro
Salvatore Cacciola, e, em
2007, cassou ordem de prisão
preventiva de 15 investigados
pela Operação Furacão da Polícia Federal, beneficiando,
entre outros, os banqueiros
do jogo do bicho Aniz Abrahão David, o Anísio, e Antonio Petrus Kalil, o Turcão.
No final do ano passado, no
caso do menino Sean Goldman, Marco Aurélio havia
concedido liminar que determinava que o garoto ficasse
com a família do Brasil até este mês. Foi, porém, desautorizado por Gilmar Mendes,
presidente da corte, que cassou a liminar e ordenou que
Sean voltasse com o pai para
os Estados Unidos.
Também em 2009, Marco
Aurélio foi pivô de outro caso
de grande repercussão: o da
reserva Raposa/Serra do Sol,
em Roraima. Após pedir vista,
seu voto, que totalizou 120
páginas, foi lido ao longo de
seis horas no plenário do Supremo, e defendeu a permanência dos não índios na reserva. Voto vencido, ele foi o
único ministro a se posicionar contra a demarcação contínua da área indígena.
Aos 63 anos, o carioca Marco Aurélio foi nomeado para o
Supremo Tribunal Federal
em 1990, pelo presidente Fernando Collor de Mello, seu
primo. De 2001 a 2003, foi o
presidente da corte.
Texto Anterior: STF nega habeas corpus, e Arruda passa Carnaval preso Próximo Texto: Crise capital: Defesa reclama que Arruda não foi ouvido Índice
|