São Paulo, sábado, 13 de fevereiro de 2010

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Ministro vai correr após manter governador preso

DA REDAÇÃO

Depois de negar habeas corpus a José Roberto Arruda, governador afastado do Distrito Federal, o ministro do STF Marco Aurélio Mello foi correr na esteira, para aliviar o estresse.
O ministro é conhecido por ser polêmico e, muitas vezes, ficar isolado nas sentenças dadas pelo tribunal.
O voto de ontem contraria decisões pelas quais ficou conhecido. Em 2000, por exemplo, liberou o ex-banqueiro Salvatore Cacciola, e, em 2007, cassou ordem de prisão preventiva de 15 investigados pela Operação Furacão da Polícia Federal, beneficiando, entre outros, os banqueiros do jogo do bicho Aniz Abrahão David, o Anísio, e Antonio Petrus Kalil, o Turcão.
No final do ano passado, no caso do menino Sean Goldman, Marco Aurélio havia concedido liminar que determinava que o garoto ficasse com a família do Brasil até este mês. Foi, porém, desautorizado por Gilmar Mendes, presidente da corte, que cassou a liminar e ordenou que Sean voltasse com o pai para os Estados Unidos.
Também em 2009, Marco Aurélio foi pivô de outro caso de grande repercussão: o da reserva Raposa/Serra do Sol, em Roraima. Após pedir vista, seu voto, que totalizou 120 páginas, foi lido ao longo de seis horas no plenário do Supremo, e defendeu a permanência dos não índios na reserva. Voto vencido, ele foi o único ministro a se posicionar contra a demarcação contínua da área indígena.
Aos 63 anos, o carioca Marco Aurélio foi nomeado para o Supremo Tribunal Federal em 1990, pelo presidente Fernando Collor de Mello, seu primo. De 2001 a 2003, foi o presidente da corte.


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